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Meio Ambiente

Projeto Arara Azul chega a 6 mil aves de volta à natureza no Pantanal

Agora instituto pede apoio da população para descobrir em que locais as aves são vistas

Ângela Kempfer | 05/08/2011 10:53
Arara azul em ninho em Miranda. (Foto: Divulgação)
Arara azul em ninho em Miranda. (Foto: Divulgação)

Com o desafio de devolver à natureza mais aves da espécie ameaçada de extinção, o Projeto Arara Azul chega a 6 mil animais registrados e agora pede o apoio da população para descobrir em que locais as aves são vistas em Mato Grosso do Sul.

Quando o projeto começou, há quase 13 anos, havia cerca de 1,5 mil araras azuis na natureza. O número aumentou quatro vezes, graças ao empenho diário de biólogos, o que envolve acompanhamento de ninhos espalhados pela região pantaneira.

No Refúgio Ecológico Caiman, em Miranda, fica a base da equipe do Instituto Arara Azul, responsável pelo serviço de conservação da espécie.

O trabalho começa pela manhã, quando a equipe sai a campo para monitoramento dos ninhos, para verificar a condição dos filhotes.

Em 1998 houve a implantação da 1ª base de campo na Caiman e hoje são duas bases com monitoramento nas regiões da Nhecolândia e Abobral.

Segundo o instituto, também há o envolvimento da comunidade, com educação ambiental para crianças, peões e fazendeiros no Pantanal, além de palestras e oficinas de corte-costura e artesanato.

Bióloga faz monitoramento de ninho na Reserva Caiman.
Bióloga faz monitoramento de ninho na Reserva Caiman.

Tráfico - Do outro lado neste desafio estão problemas como o tráfico de animais silvestres. A bióloga Fernanda Fontoura comenta que a cobiça por esse tipo de ave ocorre porque “é um bicho muito bonito, ela é igual um papagaio, se você ensinar a falar ela fala, a dançar ela dança. É um bicho extremamente inteligente, muito curioso e muito bonito”

Também existe a caça e o desmatamento que acaba com os ninhos nas árvores. “Cada arara azul bota em média dois ovos por ninho, no máximo três, e esses ovos e os filhotes ainda correm o perigo da depredação”, lembra Fernanda.

Atualmente, a espécie enfrenta maior risco, porque está em período de reprodução, que vai de julho a março. A grande preocupação, no entanto, é com o mês de setembro, quando os ovos começam a eclodir e os filhotes viram alvo dos traficantes.

Para acompanhar o crescimento da espécie, o projeto instala microchip e coleta sangue de cada uma das aves, também para estudos genéticos e de sanidade.

Para abranger todos os municípios onde há a espécie, o Instituto Arara Azul pede que as pessoas comuniquem o projeto, ao ver uma arara azul, pelo e-mail projetoararaazul@gmail.com

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