Em semana de frio e morte, trabalhos param na Câmara de Campo Grande

Na semana em que o frio chegou, o Legislativo de Campo Grande funcionou em ritmo lento, preguiçoso, como quem acorda querendo ficar mais tempo na cama.

Na terça-feira (26), a única sessão da semana teve poucos parlamentares, pronunciamentos escassos e apenas três projetos votados. Na quarta (27), os parlamentares que costumam acordar cedo para visitar bairros pelo projeto Câmara Comunitária, tiveram descanso, já que as visitas anunciadas no dia anterior foram canceladas por causa do frio. Para não pegar mal, definiu-se, então, um trabalho interno para compilar dados das seis ações anteriores.

Já na manhã desta quinta-feira (28), a morte do filho do vereador Paulo Siufi (PMDB) motivou luto oficial de três dias, mesmo diante da urgência para análise e votação de projetos cruciais à vida de muita gente, como o PL que chegou ontem à casa de leis com novo índice de reajuste para os servidores municipais e, ainda, a análise ao veto do prefeito Alcides Bernal para a chamada “Lei da Mordaça”, que restringe a atuação de professores em sala de aula.

Outro assunto importante em tramite é o projeto da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) enviado pelo Executivo, com orçamento previsto de R$ 3,5 bilhões para 2017. Conforme a presidente da Comissão de Orçamento e Finanças, vereadora Carla Stephanini (PMDB), em maio devem ser apresentadas as emendas parlamentares ao projeto, de modo que se cumpram os prazos. Porém, o relator que analisa a peça, vereador Mario Cesar (PMDB), também está de luto, junto aos outros 28 vereadores da Capital.

A morte inesperada do filho de Siufi culminou também no cancelamento de audiência Pública que aconteceria às 18h30, para discutir a redução da jornada de trabalho dos professores que são pais de alunos com deficiência – outra categoria que terá de esperar até a definição de uma nova data. Por hora, os trabalhos estão previstos para retornar na próxima terça-feira, 3 de maio.