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Direto das Ruas

Moradores reclamam das precárias condições das estradas municipais

Luciana Brazil | 04/04/2013 11:39
Moradores não conseguem transitar por zona rural, no acesso ao Aeroporto Santa Maria, em dias de chuva. (Fotos: Moradores)
Moradores não conseguem transitar por zona rural, no acesso ao Aeroporto Santa Maria, em dias de chuva. (Fotos: Moradores)
A areia original foi mantida apenas em torno dos postes e das árvores.
A areia original foi mantida apenas em torno dos postes e das árvores.

Sem pavimentação ou calçamento, as ruas da zona rural de Campo Grande, na região do Aeroporto Santa Maria, se transformaram em perigo eminente. Nos dias de chuva, os veículos só têm duas opções, ou atolam, ou escorregam como se estivessem numa pista de sabão.

O problema já se arrasta há 20 anos, desde que a área de 500 hectares, aproximadamente, foi loteada para receber o aeroporto Santa Maria, que antes funcionava nas avenida Três Barras. Cerca de 250 chácaras fazem parte do loteamento, e aproximadamente 500 famílias vivem na região.

No início, o “terror” se instalava no terreno seco, já que a rua era coberta por areia. “Quando era areia, o problema não era com a chuva, porque a areia fica compactada. Mas quando a areia estava seca, era um problema muito grande o acesso”, conta o presidente da Associação de Moradores, Ricardo Figueiró, dono de uma das chácaras.

O inferno na terra continuou. Hoje, depois que a Prefeitura cobriu a rua com terra argilosa, os moradores da região rezam para não chover. “Vira um sabão. Isso é uma irresponsabilidade técnica. Um perigo”, disse Ricardo.

Dois ônibus escolares fazem o transporte de crianças para duas escolas na cidade. Mas isso, só quando os motoristas conseguem ter acesso ao local. “Se algum veiculo derrapar vai haver grande estrago e prejuízo, podendo machucar muita gente”, alertou.

Sem infraestrutura, as ruas se tornaram estradas para rally. Basta ver as imagens para imaginar a indignação dos moradores. As reclamações e queixas foram inúmeras.

“Já fizemos milhares de pedidos, mas até agora nada foi feito”.

Motoristas contam que estrada vira "sabão" nos dias de chuva.
Motoristas contam que estrada vira "sabão" nos dias de chuva.

Para os moradores das chácaras, o calçamento seria suficiente, já para o aeroporto, a pavimentação seria o ideal. “O calçamento poderia ser feito de cimento ou ainda de forma ecológica com entulhos prensados”, explica Ricardo.

Há quase sete anos, Ricardo deixou o centro da cidade para fugir do movimento que já crescia intensamente. “Morar aqui é um delícia, mas do jeito que está, fica difícil”.

Para o presidente da Associação, além de terem colocado a terra argilosa, fizeram valetas em toda extensão da estrada, dos dois lados, o que dificulta a passagem de dois veículos.

“Só deixaram a terra original no entorno das árvores e postes de energia. Algumas árvores já caíram e estou esperando pela vez dos postes”, disse Ricardo.

Na estrada onde fica a chácara do Ricardo, a rua foi alargada, mas segundo ele, por sorte não colocaram a terra. "Porém, fizeram valetas também, o que deve acarretar queda de árvores".

O secretário municipal de Infraestrutura, Semy Ferraz, admitiu o problema. No entanto, ele explicou que a prefeitura vem trabalhando para acabar com o atoleiro. Os trabalhos serão retomados após o fim da temporada de chuvas. "Vamos colocar cascalho". O secretário disse ainda que vai levantar informações sobre recursos destinados para a mlehoria na estradas.

Durante a inauguração da reforma do aeroporto, em março do ano passado, o governador André Puccinelli (PMDB), afirmou que deixaria dinheiro para asfaltar o acesso ao aeroporto Santa Maria. O trecho, de seis quilômetros, vai da BR-262 até o aeroporto. Segundo Pucinelli, o custo para acabar com o problema seria de aproximadamente R$ 10 milhões, já que há grande volume de drenagem.

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