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Economia

Assentados invadem sede do Incra e cobram liberação de crédito

Francisco Júnior e Luciana Brazil | 23/05/2012 09:18
Manifestantes na sede do Incra, em Campo Grande. (Foto: Simão Nogueira)
Manifestantes na sede do Incra, em Campo Grande. (Foto: Simão Nogueira)

Um grupo de agricultores familiares invadiu a sede do Incra (Instituto Nacional de Reforma Agrária de Colonização), em Campo Grande, na manhã desta quarta-feira (23).

A ação faz parte da 8ª Jornada Nacional de Luta da Agricultura Familiar para cobrar do Governo Federal investimentos mínimos nos assentamentos rurais.

Conforme o presidente da FAF (Federação da Agricultura Familiar), José Lino, tem famílias que estão em assentamentos há quatros anos em situação precária e de miséria, devido falta de investimentos.

Segundo Lino, os agricultores reivindicam a liberação da DAP (Declaração de Aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), documento necessário para liberação do crédito inicial no valor de R$ 3,2 mil, retomada imediata das obras de construção de casas novas ou reforma nos assentamentos.

Segundo Lino, devido a situação crítica, os agricultores estão deixando as famílias nos assentamentos para trabalharem em fazendas e chácaras vizinhas.

O Incra informou que o crédito para os agricultores de assentamentos no Estado está parado por conta das ações movidas pelo MPF (Ministério Público Federal), que apontam irregularidades na condução do processo de reforma agrária no Estado.

O agricultor Faustino Nogueira, do assentamento Ouro Branco, em Terenos, disse como no local havia não providenciado o encanamento nas casa, as famílias estão tendo que buscar água a uma distância de 3 quilômetros.

Liderança do assentamento Magno de Oliveira, que fica em Caarapó, José Aparecido da Silva, afirma que os investimentos prometidos pelo Governo Federal ainda não foram repassados aos agricultores, que por conta disso estão passando serias dificuldades. “As pessoas nos olham como vagabundos.

Nós queremos trabalhar. Queremos o dinheiro que o Incra prometeu”, reclamou.

Os manifestantes pretendem marcar uma reunião com o superintende do Instituto, Celso Cestari.

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