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Economia

Apesar de atraso no plantio, clima favorece colheita de milho em MS

Caroline Maldonado | 18/06/2014 15:28
Colheita do milho safrinha começa na semana que vem (Foto: Arquivo)
Colheita do milho safrinha começa na semana que vem (Foto: Arquivo)

A colheita do milho safrinha, cujo início está previsto para o final da semana que vem, deve alcançar 7,4 milhões de toneladas e se estender até agosto em todo o Estado. Houve atraso do plantio de 15% do total da produção do estado e redução do uso de insumos por parte de alguns produtores mas, de modo geral, o clima favoreceu a produção, segundo a Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul).

“A perspectiva inicial era de colher 7, 3 milhões de toneladas. De acordo com o desenvolvimento da safra e as condições climáticas, essa expectativa subiu, mas há produções em diversas etapas, portanto somente com as últimas colheitas vamos ter o número exato”, afirma o analista em agricultura da Famasul, Leonardo Carlotto.

Em algumas regiões houve estiagem, como em São Gabriel do Oeste, Sonora e Coxim. “Em Bandeirantes teve 36 dias sem chuva. Isso pode resultar em uma diferença no número de sacas na colheita, mas de modo geral, no sul do estado não tivemos estiagem prolongada”, afirma o analista. Segundo Leonardo, em geral, houve de cinco a dez dias sem chuva, no máximo, o que não gera impacto significativo na produção.

No ano passado a colheita foi de 7,8 milhões de toneladas. Na colheita seguinte é prevista a diminuição em decorrência da redução de uso de tecnologia. O motivo foi a alta nos preços dos insumos. “Isso varia, pois é uma decisão de cada produtor que acaba gerando uma diferença no número de sacas com o fim da colheita. Mas ainda assim, estamos dentro da margem dos últimos cinco anos, em que a média é de 82 ou 83 sacas por hectare”, explica o analista da Famasul.

Atraso do plantio - Segundo o analista, dentre os mais de 6 mil produtores do estado, 15% atrasaram o plantio, por isso a colheita deve se estender até o mês de agosto. Esse percentual é de produtores que fizeram o plantio fora do zoneamento agroclimático, que ficou estabelecido em 15 de abril. A partir dessa data os bancos já não dão garantia, então a produtividade pode diminuir. Esse fator representa uma perda considerável de sacas, que fazem alguma diferença no total da colheita.

No ano passado o número de propriedades que atrasaram o plantio representou apenas 8% de todo o plantio, ou seja, foi menor em relação a esse ano. No entanto, segundo o analista, essa variação não é tão preocupante. “Há quatro anos, ocorria atraso no plantio que abrangia até 30% da produção, então já diminuiu bastante esse percentual, sendo um número aceitável”, avalia Leonardo.

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