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Economia

Bolsa de Carnes antecipa crédito e evita calote

Redação | 15/03/2010 09:50

No dia 12 de abril será lançada na Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), em Campo Grande, a Bolsa de Carnes do Brasil que vai possibilitar segurança de recebimento de valores aos pecuaristas de todo o País.

O vice-presidente da Bolsa Brasileira de Mercadorias e responsável pela regional, em Mato Grosso do Sul, Carlos Duppas, afirma que a expectativa de adesão é grande, com vantagens para ambas as partes.

Duppas lembra que durante anos os pecuaristas tiveram perdas, acentuadas no final de 2008, diante da crise que afetou desde pequenos até os grandes frigoríficos.

Á época, a estimativa era que a dívida do setor com os criadores chegasse aos R$ 90 milhões somente em Mato Grosso do Sul. A criação da bolsa é

fruto da movimentação da classe produtora, através da Famasul.

Pela modalidade eletrônica, criador e frigorífico repassarão 0,5% do valor da transação, cada, à bolsa, sem taxa de corretagem. A transação será feita sempre através de corretores credenciados.

O frigorífico escolhe a melhor oferta, faz a compra e três dias antes da data marcada para o abate deposita 90% do valor de compra, que serão liberados ao produtor somente após o abate. Caso haja alguma diferença na pesagem, tanto em favor do criador quanto do produtor é feito o acerto, por isso a margem de 10%.

"A expectativa dos produtores é muito grande e para os frigoríficos é bom porque a bolsa será utilizada para que eles fechem suas escalas", avalia Duppas. Conforme notícia veiculada pelo jornal O Globo, a estimativa é que o movimento inicial da Bolsa de Carnes movimente inicialmente R$ 2,5 bilhões.

O presidente do Sindicato Rural de Campo Grande e coordenador da Comissão de Pecuária de Corte da Famasul, José Lemos Monteiro, afirma que a campanha para venda do boi à vista, deflagrada após a crise de 2008, surtiu efeitos e hoje a maioria dos negócios são feitos com pagamento no ato.

Porém, explica, o depósito é feito de dois a três dias após a matança e pela bolsa será feito pela Câmara de Compensação da BBM de forma imediata. Além disso, ele afirma que outro aspecto positivo é a democratização da oferta. "Todos os frigoríficos vão ficar exatamente na mesma posição.

A oferta de animais vai ficar democraticamente dividida.

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