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Economia

Chuva de granizo destrói lavouras de milho na Capital

Redação | 23/07/2009 16:14

A chuva de granizo que caiu ontem (22) por volta das 16h na zona rural de Campo Grande destruiu lavouras e trouxe prejuízos aos agricultores.

Na Fazenda Ema, próxima à divisa da cidade com o município de Sidrolândia, o granizo destruiu cerca de 50% da plantação de 400 hectares de milho. "O prejuízo foi grande", reforça o agricultor Cristiano Zarte, de 25 anos.

Ele conta que na hora da chuva, a impressão era que o vento estivesse a mais de 100km/h e as pedras que caíram tinham o tamanho médio de um ovo de galinha. "Eu moro aqui há dez anos e eu nunca vi algo igual", diz.

Considerando o custo de R$ 1.800,00 por hectares, a perda em 200 hectares da plantação trouxe prejuízo de R$ 360.000 à família de Cristiano.

Somando o prejuízo de 30% que havia sido causado pela seca, de abril a maio, não restou muito da plantação, explica o agricultor. "Neste ano não sobrou nada para o agricultor", reclama.

Vizinho - Na Estância Cláudia, a metade da plantação de 500 hectares de milho safrinha ficou comprometida. O administrador da propriedade, Rosalino Arguelho Cardoso, de 41 anos, conta que a chuva durou apenas 15 minutos, mas deixou uma camada de 4 cm de gelo sobre a terra, derrubou pés de milho e triturou as folhas que não foram arrancadas.

"Nunca vi nada assim antes, nem aqui nem em outro lugar", garante o agricultor, que cuida de lavouras há 23 anos.

Correria - Ele explica que o vento atingiu 'faixas' da plantação e por isso o estrago não foi uniforme. Uma área de 150 hectares que deveria ser colhida apenas daqui a 40 dias terá que ser retirada assim que abrir o sol. Nela, os pés de milho foram praticamente 'desfolhados', e ainda não é possível estimar o que poderá ser aproveitado.

Uma outra área na propriedade, de 100 hectares, que teria o milho colhido na próxima semana, teve pelo menos 30% das espigas arrancadas da planta, quando esta não foi derrubada pelo vento.

"Vamos botar a máquina pra ver o que dá pra colher. O que sobrar vamos ter que pagar pessoas pra catar", explica.

Segundo Rosalino, fazendas vizinhas da propriedade enfrentaram o mesmo problema e também terão prejuízos na hora da colheita. Na região, pelo menos 12 propriedades possuem plantação de milho safrinha.

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