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Economia

Com maior atraso em três anos, colheita de soja atinge 26% da área

Caroline Maldonado | 18/02/2016 09:26
Diversas fazendas terão perdas além do esperado, em função das chuvas (Foto: Marcos Ermínio)
Diversas fazendas terão perdas além do esperado, em função das chuvas (Foto: Marcos Ermínio)

A colheita de soja atingiu 26% da área plantada em Mato Grosso do Sul, que é de 2,4 milhões de
hectares. O percentual revela atraso em comparação as três últimas safras. Depois da estiagem, que atrasou o início do plantio em outubro de 2015, as chuvas prejudicaram os grãos em todas as fases de crescimento e ainda danificaram estradas e pontes importantes para escoamento do produto.

Levantamento feito pela Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja de MS), até a última sexta-feira (12), prevê perdas em diversas regiões. Previsão inicial apontava para 7,2 milhões de toneladas, 4,1% a mais em relação ao colhido no ciclo 2014/2015. No entanto, 1,37 milhão de hectares ficaram comprometidos com as chuvas, o que corresponde a 56% do total.

O município mais avançado no que se refere a colheita é Aral Moreira, na região sul, com aproximadamente 60% de área colhida, enquanto Bonito é o município mais atrasado com cerca de 3%. Em média, são colhidas 50 sacas por hectare. O milho é plantado logo atrás da colheita da soja. Até a semana passada, 18,7% da área total estava plantada.

As chuvas intensificaram as doenças nas lavouras. Nas fazendas da região norte, produtores relataram incidência de falsa-medideira e percevejo marrom, além de doenças como antracnose e ferrugem asiática. No sudoeste, plantas daninhas, como buva e capim amargoso exigiram maia atenção dos agricultores. Casos de ferrugem asiática foram encontrados também em Antônio João, rio Brilhante e Sidrolândia e em diversos municípios do sudeste.

Apesar das doenças e pragas, a preocupação maior é com o escoamento da safra. As chuvas, ocorridas em dezembro e janeiro, destruíram mais de 90 pontes, além de encanamentos e estradas, no Estado. Ao todo, serão necessários R$ 200 milhões para reparar os estragos, conforme levantamento feito pela Defesa Civil Estadual.

Há previsão de perdas nas lavouras dos municípios de Coxim, Chapadão do Sul, São Gabriel do Oeste, Antônio João, Itaporã, em Amambai, Aral Moreira, Caarapó, Fátima do Sul, Naviraí e Vicentina.

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