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Economia

Credores do Independência aprovam oferta de R$ 133 milhões do JBS

Paula Maciulevicius | 15/05/2012 17:23

Pela 1ª parte da proposta, JBS ofereceu R$ 133 mi para pagamento dos credores, deste total, 2% seriam destinados aos pecuaristas

Os credores do Frigorífico Independência aprovaram nesta terça-feira, a oferta do grupo JBS, de compra de créditos. A assembleia de aprovação ocorreu em São Paulo e teve a presença de representantes dos credores do Estado e da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de MS).

Pela primeira parte da proposta, o JBS ofereceu R$ 133 milhões para pagamento dos aos credores, sendo que desse total 2% seriam destinados aos credores pecuaristas. Dos cerca de R$ 42 milhões devidos aos pecuaristas de Mato Grosso do Sul pela indústria, R$ 17 milhões ainda não foram pagos.

A segunda parte da negociação prevê a transferência dos ativos, que fica condicionada a aprovação dos bonholders. Pelo menos duas das plantas integrantes dos ativos em negociação ficam no Estado, em Campo Grande e Nova Andradina.

Segundo o assessor jurídico da Famasul, Carlo Daniel Coldibelli, juridicamente o processo não é uma venda. “É uma cadeia de negociações com objetivo de reduzir a possibilidade de questionamento judicial por parte de eventuais credores insatisfeitos”, considerou.

Em recuperação judicial desde maio de 2009 o Independência pagou de uma só vez, em março de 2010, as dívidas a credores inferiores a R$ 100 mil. O acordado era que os pecuaristas com crédito acima dessa quantia passassem a receber o valor parcelado em 24 meses, pagamento que está suspenso desde setembro.

Em assembleia, naquele mesmo mês, o frigorífico se comprometeu a pagar as prestações de setembro e outubro em novembro, o que não aconteceu e o parcelamento nunca foi retomado.

Em abril de 2011, o frigorífico obteve a anuência dos credores para vender ativos por meio de leilão judicial e quitar débitos, evitando a falência da indústria. Desde então, com sucessivas interrupções e protelações de assembleias, não houve definição sobre os rumos que seriam dados aos ativos do frigorífico.

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