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Economia

Custos de produção da pecuária sobem 6,78% em MS e superam média nacional

Bruno Chaves | 25/06/2014 11:14
Os itens que mais contribuíram para o aumento da produção foram o preço do bezerro, os gastos com suplementação animal e o reajuste salarial (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)
Os itens que mais contribuíram para o aumento da produção foram o preço do bezerro, os gastos com suplementação animal e o reajuste salarial (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)

O Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária em Mato Grosso do Sul subiu 6,78% no primeiro trimestre do ano, índice maior do que a média nacional (5%) registrada no mesmo período. Conforme o estudo, os itens que mais contribuíram para o aumento da produção foram o preço do bezerro, os gastos com suplementação animal e o reajuste salarial. Os dados, divulgados na semana passada, pertencem ao boletim “Ativos da Pecuária de Corte”, que é elaborado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

Outro índice que também avalia as despesas com a pecuária, o Custo Operacional Total (COT), que inclui o COE mais a depreciação de patrimônio, foi de 6,18% em Mato Grosso do Sul. No País, o COT registrado pela pesquisa foi de 4,82%.

Conforme a gerente econômica da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), Adriana Mascarenhas, no Estado, os insumos que compõem a pecuária de corte que tiveram aumento mais significativo foram a arroba do boi (1,72%), o preço do bezerro (2,72%), a suplementação mineral (4,15%), os medicamentos em geral (4,11%) e a mão de obra (7,28%). “Isso compromete o custo de quem trabalha com a recria e engorda”, comentou.

No Brasil, conforme o estudo, enquanto o aumento médio do preço do bezerro foi de 11,93%, as despesas com suplementação mineral aumentaram 2,31% e o reajuste salarial teve elevação de 6,78%. Juntos, os três itens representam 82% do COE nacional, que faz uma média dos estados da Bahia, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Rondônia, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Paraná, Tocantins e São Paulo, que, juntos, possuem 85,02% do rebanho nacional.

Dessa forma, no primeiro trimestre do ano, a pecuária sul-mato-grossense e brasileira foi marcada pela continuidade do movimento de receita e custos maiores. A região produtora de gado passou por um período de seca no início do ano e a retomada das chuvas em março não foi suficiente para reverter os efeitos da estiagem. Com isso, investimentos em pastagens foram perdidos, houve queda na qualidade de silagem e alta nos preços da ração e suplementação mineral.

O boletim “Ativos da Pecuária de Corte” ainda prevê aumento das demandas por carne bovina, favorecidas pela Copa do Mundo e pela alta do dólar. “Muito provavelmente, o abate de fêmeas para suprir a falta de animais continuará e esses efeitos deverão ser percebidos nos próximos anos”.

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