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Economia

Em MS, pecuaristas gastam 20% das despesas do ano com mão de obra

Renata Volpe Haddad | 23/11/2015 15:13
Funcionários da pecuária recebem aproximadamente R$ 1,5 mil, salário maior que a média brasileira, definida em R$ 788.  (Foto: Geovane Rocha/ Rally da Pecuária)
Funcionários da pecuária recebem aproximadamente R$ 1,5 mil, salário maior que a média brasileira, definida em R$ 788. (Foto: Geovane Rocha/ Rally da Pecuária)

Em 2015, pecuaristas de Mato Grosso do Sul tiveram custo com mão de obra de aproximadamente 20%, em relação ao gasto total de produção, sendo que os funcionários do setor receberam R$ 1,5 mil em média, valor maior que o salário mínimo que é R$ 788.

Em 2016, os trabalhadores da agropecuária terão reajuste de 9,84% e o salário mínimo passará dos atuais R$ 788 para R$ 865,50. O aumento vai elevar também a participação da mão de obra nos gastos do pecuarista para o próximo ano. 

Segundo pesquisa do Cepea (Centro de Estudos Avançados e Economia Aplicada) Esalq/ USP, publicada pelo Canal do Produtor, até setembro deste ano, considerando a média Brasil, que engloba Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Bahia, Tocantins, Paraná, Goiás, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, São Paulo e Pará, a mão de obra representou em média, 10% dos COT (Custos Operacionais Totais) da pecuária de corte brasileira, e 12% dos COE (Custo Operacionais Efetivos).

Com relação ao valor médio recebido por funcionário, Mato Grosso do Sul se compara com Mato Grosso e Goiás.

Para os pecuaristas que praticam a cria, a mão de obra representou, em média, 20,8% do COT nesse ano, correspondendo ao maior gasto. Já para aqueles que fazem recria-engorda, esse item participou com 7,8% do COT, representando o segundo maior desembolso, atrás apenas da aquisição do bezerro, com 61%.

Ainda de acordo com a pesquisa, Paraná foi o Estado que se destacou com a maior média salarial paga, sendo quase 45% de média e aproximadamente R$ 2,1 mil pagos aos trabalhadores do ramo. O mínimo pago ao vaqueiro no Estado foi R$ 1.032,02 mensais, 31% a mais que o salário mínimo federal praticado.

Já o Estado que paga a menor remuneração aos funcionários do ramo da pecuária é a Bahia, com média gasta de mão de obra de 38,4%, e salário pago de R$ 840,53, porém, acima do mínimo oficial.

A menor participação da mão de obra nos custos totais do pecuarista de cria ocorreu em dezembro de 2013, sendo 18,5% média Brasil, enquanto a maior foi verificada em maio de 2010, de 30,8%, desde o início da série histórica do Cepea, em 2004.

Para a recria-engorda, a menor representatividade foi de 4,75%, registrada em novembro de 2011.

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