ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  19    CAMPO GRANDE 19º

Economia

Entidade pede que proprietários encontrem alternativa às queimadas

Priscilla Peres | 25/08/2015 10:09
Número de queimadas em 15 dias de agosto, é 400% maior que no mesmo período do ano passado. (Foto: Divulgação/Agraer)
Número de queimadas em 15 dias de agosto, é 400% maior que no mesmo período do ano passado. (Foto: Divulgação/Agraer)

Prática comum entre proprietários rurais do Estado, a queimada é utilizada para limpeza do solo e preparo de plantio ou formação de pasto. Porém, houve um aumento de 491% no número de focos de queimadas e a Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural) alerta agricultores e pecuaristas para evitarem a ação.

Conforme dados divulgados pelo PrevFogo do Ibama, em agosto deste ano já são 727 pontos de calor identificados, contra 123 no ano passado. O número é alarmante e intensificado principalmente devido a falta de chuva e o forte calor.

Para impedir que a situação piore, a Agraer recomenda os produtores rurais a adotarem outras tecnologias no lugar das queimadas durante essa fase do ano. “Técnicas de compostagem, adubação verde, cilagem, fornecimento de alimentação complementar para o gado como a cana-de açúcar e a manutenção de aceiros são meios de seguros para o produtor optar ao invés das queimadas nesse tempo seco”, observa o engenheiro florestal da Agraer, Antônio Flores.

Durante esse período de seca, a Agraer também chama a atenção para a normativa que, anualmente, proíbe a queima controlada no período de 1º de agosto a 30 de setembro. Nas áreas do Bioma do Pantanal, o prazo de estende até o dia 31 de outubro.

A resolução é de 8 de agosto de 2014, proferida em conjunto entre o Ibama e a Semade (Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico). A orientação é que os produtores fiquem atentos quanto a regulamentação vigente para que não sejam notificados por irregularidades no manejo do solo.

Alerta - A preocupação com o meio ambiente aumenta diante da situação da Bacia do Pantanal, onde estão os índices mais alarmantes das queimadas. Segundo o ecólogo e coordenador estadual do PrevFogo do Ibama, Alexandre de Matos, essa região representa cerca de 75 a 80% de todos os focos registrados no Estado.

“Além do tempo seco, também tivemos nessa região o período de cheia do Rio Paraguai, que este ano foi de menor proporção e em um curto prazo de tempo. Somado tudo isso, temos um ambiente propicio para os incêndios”, alerta.

Nos siga no Google Notícias