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Economia

Estudo da Embrapa deve apontar causa de moscas do estábulo em Nova Alvorada

Nícholas Vasconcelos | 05/12/2012 22:51
Estudo da Embrapa foi anunciado em encontro entre representantes da usina e deputados. (Foto: Divulgação)
Estudo da Embrapa foi anunciado em encontro entre representantes da usina e deputados. (Foto: Divulgação)

Técnicos da Embrapa Gado de Corte vão tentar detectar a causa da proliferação da mosca do estábulo nas propriedades próximas às plantações de cana da Usina Santa Luzia, em Nova Alvorada do Sul, a 120 quilômetros de Campo Grande.

De acordo com o superintendente da usina, Ailton Andrade, a empresa foi contratada para fazer o estudo e apontar as medidas necessárias para resolver o problema.

O anúncio foi feito durante reunião dos representantes da indústria com os deputados Márcio Monteiro (PSDB) e Felipe Orro (PDT), presidente e vice-presidente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Assembleia Legislativa.

Monteiro e Orro queriam ouvir a direção da empresa a respeito das denúncias encaminhadas por produtores e pelo próprio Sindicato Rural de Nova Alvorada, reclamando da infestação de moscas de estábulo que já provocaram a morte de dezenas de animais nos últimos quatro meses. Os produtores acreditam que a matéria orgânica formada pela decomposição da palha da cana na lavoura sirva de criadouro para a mosca. No dia 22 de novembro os parlamentares estiveram em Nova Alvorada do Sul averiguando in loco as queixas dos produtores.

O superintendente da Santa Luzia não descartou a possibilidade de relação entre a mosca e a cana, mas afirmou que em outras unidades do grupo, em Mato Grosso do Sul e em São Paulo, isso não ocorre. Ele disse que a empresa adota “as melhores práticas do setor”, com embasamento técnico para não provocar danos ambientais ao solo e ao ecossistema. O responsável afirmou ainda que está pronto a rever, melhorar ou adotar novas práticas se a análise encomendada à Embrapa Gado de Corte entender que seja necessário.

Os produtores rurais vizinhos às plantações da Santa Luzia reclamam que a mosca aparece com o início da colheita da cana e desaparece tão logo o período acaba. Alguns deles afirmam que já perderam 40 cabeças de gado de julho até o outubro.

“Dizer que a mosca não tem nada a ver com a usina não é possível. Mas também não podemos afirmar que a usina é culpada”, disse o deputado Marcio Monteiro, ao aprovar a contratação do estudo técnico da Embrapa para analisar o caso. “O importante é que o problema seja sanado. Precisamos da usina produzindo e gerando empregos, e dos pecuaristas criando seus rebanhos com tranquilidade. A associação entre pecuária e plantação de cana se dá em toda parte, acredito que com algum ajuste a mosca seja controlada e tudo volte ao normal em Nova Alvorada”, completou o Orro.

A mosca de estábulo é muito parecida com a mosca doméstica, com a diferença de que se alimenta do sangue de animais, que ficam estressados e cansados pelo ataque das moscas, não conseguem se alimentar e morrem.

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