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Economia

Expedição percorre 2,5 mil km para conhecer produção da agricultura familiar

Renata Volpe Haddad | 16/10/2015 16:56
Coordenador da Expedição Agricultura Familiar, Giovani Ferreira, comenta que visitas estão sendo feitas em todos os elos da cadeia produtiva dentro e fora da porteira. (Foto: Marcos Ermínio)
Coordenador da Expedição Agricultura Familiar, Giovani Ferreira, comenta que visitas estão sendo feitas em todos os elos da cadeia produtiva dentro e fora da porteira. (Foto: Marcos Ermínio)

A Expedição Agricultura Familiar, promovida pela Gazeta do Povo, chegou em Mato Grosso do Sul nesta semana e vai percorrer 2,5 mil quilômetros de estradas para conhecer a dedicação de famílias da agricultura familiar e saber como o setor se estrutura e evolui no Centro-Oeste.

De acordo com o coordenador da expedição, Giovani Ferreira, este é o primeiro ano de realização, e que vai percorrer mais três Estados brasileiros. "Já passamos pelo Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e agora estamos aqui. Vamos percorrer ainda Minas Gerais, Bahia e Pernambuco, que são os locais com a maior presença dos produtores, sendo que 80% são da agricultura familiar", comenta.

No total de estabelecimentos de Mato Grosso do Sul, a participação da agricultura familiar está entre as mais elevadas, sendo 63%, porém, em relação a extensão total das áreas, a participação é uma das menores, sendo apenas 4%.

Para Ferreira, os resultados do trabalho da expedição é a mobilização que a ação provoca. "Estamos visitando todos os elos da cadeia produtiva dentro e fora da porteira, que são a cooperativa, o produtor, o agente financiador, empresas de extensão rural, agentes públicos e privados que acabam participando deste setor", explica.

Com as respostas em mãos, a Expedição Agricultura Familiar, vai fazer um diagnóstico e apontar as tendências para o setor. "Tem alguns Estados que dependem da linha de corte que se usa, tamanho da área, renda, percentual de mão de obra, ou seja, em alguns Estados, a presença dos produtores, 80% é da agricultura familiar", afirma.

Nesta sexta-feira (16), foi realizado um seminário no auditório da OCB/MS (Organização das Cooperativas Brasileiras), com produtores, técnicos e demais interessados no tema.

José Alexandre Tranin, diretor da Agraer/MS, comenta que existe um número grande de inadimplência entre as famílias da agricultura familiar. (Foto: Marcos Ermínio)
José Alexandre Tranin, diretor da Agraer/MS, comenta que existe um número grande de inadimplência entre as famílias da agricultura familiar. (Foto: Marcos Ermínio)

Agricultura familiar em Mato Grosso do Sul – Um dos palestrantes de hoje, foi o diretor executivo da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural), José Alexandre Tranin, alega que a importância da expedição começou com o agronegócio, e a agricultura familiar faz parte do setor, porém, menor. "É um olhar de fora para dentro do Estado, até para fazer uma avaliação dos trabalhos que estão sendo feitos, o que pode ser melhorado", afirma.

De acordo com o diretor, a principal agricultura praticada em Mato Grosso do Sul é o leite, seguido da mandioca e milho. "Estes são os principais produtos que a agricultura produz e que comercializa", informa.

São 69,5 mil agricultores familiares no Estado, entre assentados e não assentados, índios e quilombolas. Durante a palestra, Tranin comenta que existe um número grande de inadimplência entre os agricultores. "Assim como outros Estados. As vezes, as pessoas não têm estrutura para produzir e pega financiamento do banco, porém, que precisa ser pago, mas como eles não produzem, não pagam as dívidas", explica.

A Agraer elabora uma gestão para ser realizada juntamente com as propriedades. "Com isso, vamos auxiliar o agricultor para usar de uma melhor maneira o dinheiro, para ele poder pagar o banco e se precisar, ter um novo crédito. Já vemos os resultados porque fazemos o treinamento continuado com os produtores e todo mundo envolvido neste processo, e com isso o agricultor vai crescendo e desenvolvendo", conclui.

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