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Economia

Fazendas continuam invadidas e produtor rural reclama de calmaria em Japorã

Zana Zaidan | 01/02/2014 09:33

Após inúmeras reuniões entre representantes do governo federal e setor rural de Mato Grosso do Sul, produtores cobram uma solução definitiva. Pecuarista em Japorã, a 487 quilômetros de Campo Grande, Ivagner José Varago, 40 anos, relata a “calmaria” da cidade, o que, para ele, é um indício de que nada será feito.

“Não tem mais conflito, Polícia Federal, nada. Ou seja, os índios invadiram, e lá ficarão, porque, no calor do momento, quando morreu um índio, fizeram todo aquele barulho de negociação, de solução. Agora que passou, todos esqueceram”, opina.

Ivagner teve uma propriedade invadida no último dia 20. Antes da Estância Varago, a fazenda São José, no mesmo município, também foi tomada por indígenas, conta, ao lamentar o fato de as duas propriedades serem a fonte de renda da família.

“Consegui vender o gado que estava na fazenda, e hoje estamos vivendo do dinheiro obtido no negócio. Quando acabar, vou pedir cesta básica para a Dilma”, diz o fazendeiro, revoltado.

Nos dois casos, o gado foi retirado por intermédio da Polícia Federal, que negociou com os indígenas. Eram 765 cabeças. “Antes disso, eles tinham matado 21 animais, e sumiram com outros 24”, afirma Ivagner.

Segundo ele, a forma como os indígenas invadiram as duas fazendas foi a mesma. “Chegam 30 ou 40 deles, armados. Um dos meus funcionários foi agredido mas, como eles têm crianças, fica complicado reagir”, diz. Hoje, o pecuarista alega não ter noção de quantas famílias estão nas propriedades. “Não deixam a gente nem chegar perto da porteira, não sei o que se passa lá dentro”, acrescenta.

Invasões – Conforme a última atualização da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de MS), 80 propriedades rurais estão invadidas por indígenas no Estado.

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