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Economia

Fenômeno "La Nina" tem atrasado plantio de soja em MS

Redação | 19/11/2010 20:38

O fenômeno "La Nina", que se caracteriza pelo resfriamento das águas na região do Pacífico Equatorial e favorece a ocorrência de chuvas acima da média no Norte e Nordeste e déficit pluviométrico no Sul do Brasil, está atrasando o plantio da safra de soja 2010/2011 na região Centro-Oeste.

A demora no estabelecimento regular das chuvas pode acarretar uma colheita menor, bem como a demora para o produto da nova safra chegar ao mercado. Além disso, o atraso do plantio da soja poderá provocar consequências para a segunda safra de milho, com a redução da área plantada com essa cultura.

De acordo com os engenheiros agrônomos Sebastião Pedro da Silva Neto e Fernando Antonio Macena da Silva, pesquisadores da Embrapa Cerrados, em Planaltina (DF), a demora na regularização das chuvas este ano é reflexo do fenômeno "La Nina".

Macena explica que o plantio de soja precoce no Centro-Oeste já está prejudicado, o que fará com que a nova safra de soja proveniente do Brasil demore mais a entrar no mercado mundial. Com isso os consumidores asiáticos, principalmente a China, ficarão mais dependentes da safra norte-americana que está sendo colhida.

Por conta disso, os engenheiros explicam que os produtores do Centro-Oeste devem planejar suas vendas de modo a aproveitar as altas de preços em função das incertezas climáticas provocadas por "La Nina". Uma estratégia interessante pode ser a realização de vendas antecipadas, aproveitando os picos de preço que deverão ocorrer ao longo da safra 2010/2011 e deixando uma parte da soja para vender após a colheita.

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