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Economia

Mapa descarta morte de douradense por mal da Vaca Louca

Redação | 21/01/2008 12:10

O Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) encaminhou nesta segunda-feira, dia 21, comunicado oficial à imprensa onde exclui possibilidades de que a recente morte de uma mulher de 66 anos em Dourados tenha sido ocasionada por BSE (Encefalopatia Espongiforme Bovina) a "Doença da Vaca Louca". A família de Maria de Lourdes Pinto Fernandes chegou levantar a possibilidade devido ao laudo sobre a morte da mulher e, ainda, por suspeitar que fazendas da região de Dourados tenham alimentado o gado bovino com cama de frango, o que é proibido pelo Mapa.

O laudo médico da causa da morte de Maria de Lourdes apontou Creutzfekdt Jakob, uma doença que tem sintomas parecidos com o Mau de Alzheimer e que ocorre em todo o mundo. Segundo o Mapa, a Creutzfekdt Jakob tem incidência de 1 caso para cada 1 milhão de habitantes (considerando dados do Ministério da Saúde), podendo ser hereditária, ou iatrogênica, ou seja, causada por instrumentos cirúrgicos contaminados ou por transplantes. Esta doença é de ocorrência mundial e epidemiologicamente esperada.

Diferente da Creutzfekdt Jakob que vitimou Maria de Lourdes, mas com um nome e sintomas é a "Nova Variante da Doença de Creutzfekdt Jakob". O Mapa esclarece, que esta doença atinge pessoas mais jovens e tem conexão com a "Doença da Vaca Louca". Neste caso, a vítima é atingida ao ingerir a carne contaminada. O Brasil, porém, é considerado área livre da doença e o serviço de inspeção sanitária nacional proíbe a entrada de animais criados em países onde houve registro de contaminação.

Como forma de prevenção à "Doença da Vaca Louca", o Mapa é o monitoramento de animais importados das áreas de risco antes da proibição e trânsito controlado. Hoje são 43 animais nesta situação. Eles não podem ser enviados para frigoríficos e, ao fim da vida útil são avaliados, sacrificados e incinerados na mesma propriedade onde se encontram.

Outra medida é o monitoramento da alimentação dos animais em propriedades e indústria de rações. O objetivo é pesquisar o uso irregular de subprodutos de origem animal para compor as rações. Em 2007 foram colhidas 87 amostras de rações para bovinos fabricadas em Mato Grosso do Sul e nenhuma detectou o uso irregular de subprodutos de origem animal.

O uso de subprodutos de origem animal (ossos, restos de animais, cama de frango), podem causar as chamadas doenças prionicas, causadas por príons, que são proteínas da membrana de células nervosas. Quando modificadas, essas proteínas provocam quadro degenerativo crônico do Sistema Nervoso Central.

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