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Economia

Ministério Público se reúne para discutir danos causados pela mosca do estábulo

Liana Feitosa | 19/12/2014 19:10
Representantes dos ministérios reunidos no prédio da Procuradoria-Geral de Justiça. (Foto: Divulgação)
Representantes dos ministérios reunidos no prédio da Procuradoria-Geral de Justiça. (Foto: Divulgação)

A preocupação com a infestação da mosca do estábulo, ou mosca da vinhaça, foi tema de reunião de representantes do MPE (Ministério Público do Estado) de Mato Grosso do Sul e do MPF/MS (Ministério Público Federal de Mato Grosso do Sul). A reunião aconteceu no prédio da Procuradoria-Geral de Justiça, no Parque dos Poderes, na Capital.

O aparecimento da mosca Stomoxys calcitrans é um dos impactos ambientais negativos resultado do uso de subproduto da cana-de-açúcar, a vinhaça, um resíduo pastoso que sobra da destilação do caldo de cana-de-açúcar fermentado para a obtenção do etanol.

A vinhaça é utilizada no processo de fertirrigação - técnica de adubação que utiliza a água de irrigação para levar nutrientes ao solo cultivado - e gera a infestação. A reunião discutiu questões sobre a técnica e buscou alternativas sustentáveis para o aproveitamento da vinhaça, já que leva ao surgimento da mosca.

Prejuízos - Esse fato tem causado surtos em determinadas regiões, o que tem sido objeto de inquéritos civis nas promotorias de justiça dos municípios, bem como pelo MPF, onde estão instaladas as usinas.

Isso porque a mosca gera prejuízos econômicos nas cadeias produtivas da pecuária bovina e sucroalcooleira em estados brasileiros como São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Minas Gerais e, também, Mato Grosso do Sul. Essas moscas têm como hospedeiros a maioria dos animais e sua picada é dolorosa.

Os insetos são atraídos por restos alimentares e pela vinhaça. Os ovos podem criar-se em palhas e restos de culturas, que permanecem no campo por algum tempo, principalmente se estes materiais estiverem fermentados ou umedecidos com urina e fezes de animais.

Novos encontros - Portanto, o surto das moscas causa transtorno aos produtores rurais e, por isso, ficou definido que outras reuniões serão realizadas a partir de 2015 para buscar definições técnicas que solucionem o problema.

A reunião foi presidida pela procuradora de justiça Marigô Regina Bittar Bezerra, coordenadora do Caoma (Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça do Meio Ambiente do Estado de Mato Grosso do Sul) e contou com a participação do promotor de justiça Eduardo Franco Cândia, assessor do núcleo ambiental vinculado aos Centros de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça do Meio Ambiente, da Habitação e Urbanismo e do Patrimônio Histórico e Cultural.

Também participaram os promotores Maurício Mecellis Cabral, de Nova Alvorada do Sul, e Leonardo Dumont Palmerston, de Ivinhema; o procurador da República Marco Antônio Delfino de Almeida; as assessoras Gláucia Pace de Castro e Luciene Ramos, e os técnicos do Daex, Maria Luiza Ribeiro Marques e Daniel dos Santos.

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