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Economia

Para ministro, vistorias não podem afetar produção de MS

Redação | 01/04/2009 16:04

O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, defendeu que o processo de vistorias, que devem resultar na demarcação de novas terras indígenas em Mato Grosso do Sul, seja feito com "muito cuidado" para não afetar a produção.

"Temos que ter muito cuidado e racionalidade para preservar a área de agricultura consolidada", afirmou, após desembarcar na Base Aérea de Campo Grande. O discurso do ministro se alinha ao dos produtores do Estado, que apontaram que as possíveis demarcações vão comprometer a região mais produtiva de Mato Grosso do Sul.

O ministro relata que somente a área atual destinada à aldeia indígena, reserva legal e unidade de conservação impede a prática da agricultura tradicional em quase 70% do território brasileiro. Se essas áreas forem somadas aos pedidos em andamento, Stpehanes aponta que o país não seria suficiente. "Brinco que vamos ter que anexar o país vizinho". O ministro fica até amanhã em Campo Grande.

Sempre conturbada, a questão da demarcação de terras indígenas no Estado se tornou mais polêmica em julho do ano passado, quando a Funai (Fundação Nacional do Índio) determinou estudos antropológicos em 26 municípios.

Desde então, políticos e produtores rurais tentam impedir o estudo. Hoje, a Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados aprovou o pedido para suspender as portarias para estudo antropológico. O projeto foi apresentado pelo deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT). Agora, a proposta será avaliada pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça).

No próximo dia 14, o governador André Puccinelli (PMDB) terá audiência com o ministro da Justiça, Tarso Genro. O ministério é o responsável por autorizar as demarcações. A reunião foi um pedido feito pela Famasul (Federação da Agricultura de Mato Grosso do Sul), após a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) em relação à demarcação contínua na reserva Raposa Serra do Sol.

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