ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MARÇO, SEXTA  29    CAMPO GRANDE 22º

Economia

Pecuaristas se reúnem contra nota elaborada pela Embrapa

Priscilla Peres | 26/08/2014 15:43
Produtores se reuniram para elaborar movimento em prol de mudanças em nota da Embrapa. (Foto: Sindicato Rural de Corumbá)
Produtores se reuniram para elaborar movimento em prol de mudanças em nota da Embrapa. (Foto: Sindicato Rural de Corumbá)

Produtores rurais de Corumbá - distante 419 km de Campo Grande, por meio do Sindicato Rural do município, estão realizando um movimento para pedir que o Governo do Estado reveja a nota técnica elaborada pela Embrapa Pantanal para subsidiar a regulamentação do CAR (Cadastro Ambiental Rural).

O CAR é uma exigência do novo Código Florestal e os produtores alegam que a nota técnica como foi produzida é altamente prejudicial à economia da região pantaneira e à cadeia produtiva, pois restringe a pecuária na planície.

As normas apresentadas pela Embrapa Pantanal limitam a substituição da vegetação nativa por pastagem cultivada na planície, em torno de 35%, desconsiderando um levantamento econômico de pesquisadores da própria instituição, os quais apontam que a supressão vegetal deve ser de 60%, caso contrário a pecuária será inviabilizada com a falência das fazendas.

O presidente do sindicato, Luciano Aguiar Leite, alega que a Embrapa não ouviu os pantaneiros. "Nós que somos responsáveis pela conservação de 85% do nosso bioma, e esse estudo foi feito apenas com dados ecológicos, desconsiderando sua equipe de produção, que apresentou parâmetros econômicos para embasar a nota técnica”, criticou “A proposta da Embrapa simplesmente vai engessar o Pantanal”, acusou.

Para os pantaneiros, caso o Estado incorpore a proposta da Embrapa no decreto que regulamentará o CAR, atendendo ao artigo 10 do Código Florestal, que define o Pantanal como Área de Uso Restrito, será o fim de um elo da cadeia produtiva que fornece ao mercado a carne mais saudável do mundo. Como consequência, haverá falta do produto, desemprego e o êxodo rural.

Nos siga no Google Notícias