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Economia

Produtores emprestam R$ 41 milhões para sanar deficit de armazenagem

Caroline Maldonado | 22/12/2014 12:58
Produtores de soja e milho usam crédito para construir armazéns, já que produção ultrapassa capacidade armazenadora (Foto: Marcos Ermínio)
Produtores de soja e milho usam crédito para construir armazéns, já que produção ultrapassa capacidade armazenadora (Foto: Marcos Ermínio)

Para resolver um problema que atinge produtores de grãos de Mato Grosso do Sul, o Banco do Brasil emprestou neste ano R$ 41 milhões para a construção e ampliação de armazéns. O crédito foi direcionado a cooperativas e produtores de soja e milho, cuja produção cresceu nos últimos anos, sem contar com expansão da capacidade armazenadora.

No total, o Estado deve produzir 14 milhões de toneladas de grãos na safra 2014/2015, conforme previsão da Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul). Desse volume, apenas oito milhões de toneladas terão armazéns para depósito. Os restante, que representa 40% da produção, deve ser comercializado o quanto antes.

O problema da venda imediata dos grãos são os preços. Com mais armazéns, os produtores poderão estocar os produtos e vender somente quando os preços estiverem favoráveis.

O cenário deve mudar em breve, já que produtores estão investindo na construção e ampliação de armazéns, por meio do PCA (Programa para Construção e Ampliação de Armazéns), segundo o gerente de mercado do Banco do Brasil, Rafael Remonti.

O banco é o mais procurado pelos produtores que desejam se beneficiar de linhas de crédito específicas para a área rural. “Acredito que atualmente esse déficit de armazenagem está em torno de quatro milhões de toneladas e deve reduzir nos próximos anos, com a construção dos armazéns, tanto nas fazendas como por empresas que prestam serviço aos produtores”, explica o gerente.

Com cerca de 50 linhas de crédito da o setor rural, o Banco do Brasil responde por 65,2% dos empréstimos para produtores em todo o Brasil. A maioria das contratações é voltada para custeio, em seguida tem-se investimento e comercialização.

Para as empresas que também se beneficiam de empréstimos para construção de armazéns, os bancos disponibilizam recursos do FCO (Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste). Para 2014, segundo Rafael, a previsão era de oferecer empréstimos de R$ 550 milhões, mas foram aplicados R$ 720 milhões. “O aumento se deu em função da demanda, que aumentou”, justifica o gerente.

O PCA oferece crédito com 4% de juros ao ano, prazo de 15 anos e três anos de carência, conforme Rafael. Nas linhas de crédito rural oferecidas pelo Banco do Brasil, a inadimplência se mantem em 0,5% há nove anos, segundo Rafael. “É um número muito bom. Esse número só foi maior em 2005, quando houve um período de perda de safra de lavoura, mas de lá para cá se mantem nesse patamar”, avalia o gerente.

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