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Economia

Produtores querem criar "grife" com a carne do Pantanal

Redação | 17/06/2009 15:25

Os produtores rurais do Estado estão estudando a criação de uma espécie de "grife" com a carne bovina do Pantanal. De acordo com o presidente da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), Chico Maia, trata-se de um produto orgânico, desenvolvido sem prejudicar o meio ambiente.

"Cerca de 85% do Pantanal tem pecuária e a mesma porcentagem preserva esse bioma. Ou seja, o produtor pantaneiro é o maior preservacionista, e deveria ter ser produto mais valorizado", afirmou.

Chico Maia discutirá o assunto amanhã, em São Paulo, durante a Feicorte (Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne). O presidente da Acrissul pretende debater a criação desta marca e a valorização da carne de gado criada no Pantanal com produtores locais e proprietários de grandes redes varejistas.

Na prática, os criadores de Mato Grosso do Sul querem aproveitar a onda de "produtos orgânicos e ecologicamente corretos" para valorizar seu produto e ampliar a lucratividade com a carne bovina produzida em oito municípios do Estado.

"Acho que quem produz carne no Pantanal tem que ter preferência na negociação. Queremos um plus no valor desta carne orgânica, que entra na tese do consumo consciente", enfatizou o presidente da Acrissul, ao lembrar que hoje, por enfrentar problemas de logística e de distância dos centros comerciais, os produtores de carne do Pantanal recebem menos pela arroba.

Acompanhado do senador Valter Pereira (PMDB-MS), Chico Maia terá audiência na próxima terça-feira, às 17h, com o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes.

Além da valorização da carne produzida no Pantanal, será discutida a realização da ExpoMS, feira que acontecerá, provavelmente, entre os dias 2 e 12 de outubro, em Campo Grande.

Outro assunto é o desconto da NPR (Nota Promissória Rural), os juros impostos pelos bancos oficiais e os recursos para financiamento na cadeia produtiva da carne.

"Os pecuaristas estão vendendo o gado a prazo, pagando juros altos e ainda por cima servindo de avalistas", reclama o presidente da Acrissul.

Tentativa ocorre depois de outras investidas como o Novilho Precoce há mais de 15 anos e o Vitelo Pantaneiro.

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