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Economia

Vendedores esperam faturar alto com volta de shows na Expogrande

Nícholas Vasconcelos e Viviane Oliveira | 11/04/2013 08:35
Lenita quer vender 3 mil cocadas no primeiro dia da Expogrande. (Foto: Vanderlei Aparecido)
Lenita quer vender 3 mil cocadas no primeiro dia da Expogrande. (Foto: Vanderlei Aparecido)

A volta dos shows na Expogrande deste ano não anima apenas os fãs de música, que têm a oportunidade de assistir a apresentação dos ídolos, mas de quem investe na maior feira agropecuária do Estado com o objetivo de faturar alto. Sem as apresentações musicais, o público diminui e expositores são unânimes em dizer que todo trabalho fica comprometido. A volta dos artistas representa uma expectativa de faturamento maior que a de 2012.

Esse é o caso da doceira Lenita Andrade Delmondes, 53 anos, que espera vender 3 mil cocadas no primeiro dos 11 dias da exposição. Ela trabalha há 32 anos com a venda do doce só em feiras agropecuárias e disse que a feira do ano passada foi a pior de todas. “Um depende do outro e foi uma decepção, tive que tirar do bolso para pagar os funcionários”, revela.

Lenita, que trabalha em exposições entre Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, diz que investe muito para conseguir vender. “O custo para manter uma barraca na feira é grande e sem os shows não tem movimento”, desabafa.

No ano passado, a Expogrande sem shows movimentou R$ 123 milhões e a previsão é de que este ano a feira fature R$ 150 milhões, R$ 100 milhões só em financiamentos pelo Banco do Brasil. Estão previstos mais de 40 leilões, com pelo menos 20 palestras e 100 stands comerciais.

Expogrande terá cerca de 40 leilões e faturar R$ 150 milhões. (Foto: Vanderlei Aparecido)
Expogrande terá cerca de 40 leilões e faturar R$ 150 milhões. (Foto: Vanderlei Aparecido)
Nelson diz que vendas de equipamentos para a pecuária caíram sem os shows. (Foto: Vanderlei Aparecido)
Nelson diz que vendas de equipamentos para a pecuária caíram sem os shows. (Foto: Vanderlei Aparecido)

Em 2012, o empresário José Resende Vilela, 69 anos, não montou o stand para venda de lanches e churrasquinho. Aquela foi a primeira vez em 41 anos que ele trabalha em que não participou da feira. “Não compensa porque o público dos shows é o que dá dinheiro”, diz.

Vilela contrata 21 funcionários e diz que somente as atrações musicais garantem o pagamento dos empregados. “O show é tudo para nós, porque não adianta rodeio e parque de diversões”, comentou.

A falta dos shows e a incerteza de que a feira fosse realizada espantou os compradores de produtos agropecuários. Quem revela isso é o supervisor de vendas da empresa Coimma, Nelson Buchini, 49 anos, que comercializa balanças e troncos de contenção para o gado. Ele vem de Dracena, interior de São Paulo, há 17 anos, e mesmo com o público diferente do que vai assistir aos shows, a falta dos fãs atrapalhou os negócios.

“Tinha gente que não sabia que teria a exposição”, comentou. A expectativa é de que as vendas este ano sejam boas, com um faturamento de R$ 500 mil. “Esse ano promete”, encerrou.

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