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Educação e Tecnologia

Caravana de MS enfrentou mais de 30 horas de estrada para "festa nerd"

Anny Malagolini | 04/02/2014 07:09
Encontro reúne geeks, nerds, empreendedores, gamers e cientistas de todo o país. (Foto: Cleverson Ferreira)
Encontro reúne geeks, nerds, empreendedores, gamers e cientistas de todo o país. (Foto: Cleverson Ferreira)

Sábado foi o último dia do Campus Party em São Paulo e a caravana sul-matogrossense “MS Geek”, uma experiência e tanto para 40 pessoas que enfrentaram mais de 30 horas de estrada para participar da festa “nerd” de 500 horas com conteúdo digital. Fica a dica para quem ainda não foi, mas gosta do assunto e pretende enfrentar a mesma viagem em 2015.

No Brasil o evento já completou sete edições e pela segunda, o desenvolvedor de Sistemas, Murilo Seixas, de 19 anos, participa. No ano passado, ele foi pela caravana organizada em Dourados, e nesta edição assumiu a liderança do grupo de Mato Grosso do Sul.

A organização da viagem começou em outubro e todo o trabalho tem recompensa."interesse principal é começar uma rede de contatos com profissionais da área, e a caravana em sí já é o começo". 

Enfrentar filas em que não se vê o fim, banheiros comparados aos de rodoviária e dormir em barracas dividindo o espaço com mais 8 mil “campuseiros”, podem até parecer maluquice. Como pode alguém ainda querer pagar para participar de algo assim? “É, importante para um mercado tão competitivo”, defende.

Para dormir, os participantes tiveram que se alojar em barracas distribuídas no espaço. A taxa cobrada por barraca foi de R$ 35,00. Sem conforto e enfrentando altas temperaturas, o evento durou sete dias.

O valor cobrado para participar do Campus este ano chegou a R$ 150,00. E a para ir na caravana, os participantes desembolsaram pouco mais de R$ 300,00, contando a ida e a volta.

A professora de artes da Educação Básica, Rafaela Chivalski, de 30 anos, também participou da experiência, e quem acha que a profissição nada tem a ver com a ideia do evento, se engana. “Aprendi muita coisa, entendi a mentalidade de alunos – troca de experiência”, explica a professora.

A promessa deste ano era de que a internet disponível no local seria de 40 GB – em residências, normalmente a velocidade não passa dos 10 megas. Uma novidade para a professora. “Ela não chegou aos 40, o pico foi de 30 gigas, mas é muito superior ao que eu estou acostumada a usar”, comenta.

E além do conhecimento virtual, Rafaela saiu de lá com um namorado, e claro, como o namoro é a distância, já que o ele mora em Maringá, o jeito de se aproximarem vai ser pela internet. “O evento ‘rende’ para todos os lados, não só o profissional”, brinca.

Pela primeira vez, o publicitário Glauco Assad, de 26 anos, foi ao encontro com intuito de aprender mais sobre o empreendedorismo digital e, além de todo o trabalho para chegar, segundo ele, o evento não alcançou as expectativas. “Achei legal, mas achei um pouco redundante”, afirma.

A caravana do Mato Grosso do Sul se tornou uma das mais famosas no campus. Segundo Murilo, para criar movimentação durante o evento, é comum gritos de “guerra” que ecoam pelo lugar. No passado, para ajudar as vendedoras de pizza no local, os sul-mato-grossenses percorriam o espaço gritando “Olha a pizza” e a brincadeira virou identificação para todos. Em 2014, a caravana do Estado até realizou sorteio de pizzas com ajuda de um patrocinador que garantiu a brincadeira.

A professora de artes da Educação Básica, Rafaela Chivalski, de 30 anos, também participou da experiência.
A professora de artes da Educação Básica, Rafaela Chivalski, de 30 anos, também participou da experiência.
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