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Capital

Acidentes na Capital mataram 106 pessoas, 55% eram motociclistas

Aliny Mary Dias | 09/01/2014 16:01
Ciclista foi uma das 106 vítimas da violência no trânsito de Campo Grande em 2013 (Foto: Cleber Gellio/Arquivo)
Ciclista foi uma das 106 vítimas da violência no trânsito de Campo Grande em 2013 (Foto: Cleber Gellio/Arquivo)

A violência no trânsito de Campo Grande deixou um vazio na vida de 106 famílias no ano passado. Um levantamento do site Estrela no Asfalto, que leva em conta dados oficiais e da imprensa, traduz a realidade que todos convivem diariamente, os motociclistas são os que mais morrem na Capital.

Em relação ao ano de 2012, o ano passado teve uma diminuição de 15% no número de mortes. Outro dado que chama a atenção é o perfil das vítimas, 58 eram motociclistas, número que representa 55% das vítimas, 18 pedestres e 10 ciclistas.

Os motoristas de carro que perderam a vida no ano passado chegaram a 10, mesmo número em relação aos passageiros que também morreram em acidentes.

Além de juntar os dados e criar as estatísticas, o projeto da jornalista e publicitária Val Reis traz a história das vítimas. Um breve histórico da vida de cada um que morre no trânsito é publicado no site de acordo com relatos de familiares, amigos, perfis na internet ou matérias de veículos de comunicação.

Mortes chegaram a 106 no ano passado (Foto: Divulgação/Estrela no Asfalto)
Mortes chegaram a 106 no ano passado (Foto: Divulgação/Estrela no Asfalto)
Motociclistas são os que mais morrem na Capital (Foto: Divulgação/Estrela no Asfalto)
Motociclistas são os que mais morrem na Capital (Foto: Divulgação/Estrela no Asfalto)

Val conta que um dos diferenciais do projeto é humanizar os acidentes abrindo espaço para comentários daqueles que conheciam as vítimas. “As pessoas publicam experiências que tiveram com as pessoas e isso emociona”, explica.

Uma das histórias que chamou a atenção da jornalista e de muitos campo-grandenses ocorreu em 2012, na Avenida Mato Grosso. A jovem Naiane de Melo Nunes era passageira de um carro conduzido por uma jovem de 19 anos. A motorista perdeu o controle da direção e bateu contra um coqueiro. A condutora admitiu ter ingerido bebida alcoólica.

“O caso da Naiane me marcou muito porque a mãe dela deixou relatos que mexeram bastante com a gente”, conta Val.

Outros dados das estatísticas do ano passado que chamam a atenção é em relação a idade das vítimas, 85% dos mortos eram homens. Os adultos são os que mais morrem em Campo Grande, 61% tinham entre 25 e 64 anos.

O levantamento traz ainda as regiões mais violentas da cidade. As saídas para Sidrolândia, Três Lagoas, Cuiabá e São Paulo possuem o triste recorde de 20 mortes.

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