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Capital

Agetran finaliza contratação de novos equipamentos para a fiscalização

Carlos Martins | 21/12/2010 15:22

Equipamentos vão permitir a fiscalização de até 162 novas faixas.

 Agetran finaliza contratação de novos equipamentos para a fiscalização

A Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito de Campo Grande) está finalizando a homologação do contrato que irá permitir a contratação de mais equipamentos para a fiscalização eletrônica do trânsito da capital.

Os novos equipamentos - radares e lombadas eletrônicas – vão permitir a fiscalização de até 162 novas faixas (pistas de rolamento) e serão instalados de acordo com as necessidades. Hoje, os maiores problemas no trânsito são os corredores onde a velocidade é maior e, em caso de acidentes, cresce a probabilidade de haver vítimas fatais.

Atualmente, de acordo com a Diretoria de Trânsito da Agetran, a capital conta com 83 faixas fiscalizadas tanto por radares como por lombadas eletrônicas. Cada equipamento em uso (são 36 lombadas e 26 radares) pode fiscalizar de uma a quatro faixas.

Para exemplificar, se uma pista tiver quatro faixas e uma delas for de estacionamento, um único equipamento (radar ou lombada) pode detectar a passagem de veículos nas três faixas onde ocorre a circulação.

A empresa vencedora da licitação é a curitibana Perkons S.A., que já detinha o contrato antigo, se responsabiliza pela instalação, manutenção e extração dos dados registrados nos equipamentos que são remetidos à Agetran.

Dois radares deste novo lote serão instalados – provavelmente a partir de janeiro - próximos às alças construídas nas proximidades do viaduto Pedro Chaves que permitem o acesso à Rua Ceará e a Avenida Ricardo Brandão, nas imediações da Uniderp e também na outra ponta do viaduto.

As obras da Ceará e Ricardo Brandão foram liberadas no último dia 4. Antes do início do funcionamento dos radares, placas serão instaladas nos locais para alertar os motoristas. “Os radares vão monitorar a velocidade dos veículos que deverá baixar para 50 km por hora nas imediações das alças”, disse o diretor-presidente da Agetran, Rudel Trindade Júnior.

Segundo o diretor de Trânsito da Agetran, Janine de Lima Bruno, hoje o maior problema são corredores (como os da Via morena e avenidas Duque de Caxias e Mascarenhas de Moraes) onde á velocidade é maior e quando ocorre um acidente é maior a probabilidade de ocorrer óbito.

“Estes novos equipamentos serão instalados de acordo com as necessidades. Em geral são instalados próximos a áreas de grande movimento ou de circulação de pessoas, como zonas comerciais, escolas, creches e hospitais”, explica Bruno.

No caso do radar, ele é instalado quando a meta é reduzir a velocidade para 50 km/hora num determinado trecho. “Já com a lombada eletrônica o objetivo jogar no chão a velocidade, com uma velocidade pontual, de 30 km/hora, por exemplo, em frente a uma escola“, diz o diretor.

Técnicos instalaram equipamentos neste ano em mais de 20 pontoas da cidade.
Técnicos instalaram equipamentos neste ano em mais de 20 pontoas da cidade.

Radar no Coophasul - A região do Coophasul é um exemplo de como a segurança no trânsito pode aumentar após a instalação de um radar. Depois de muitas reclamações de moradores da região, por causa do grande número de acidentes, a Agetran instalou há cerca de quatro meses dois radares na Avenida Euler de Azevedo próximo a entrada do bairro. “Os moradores ligavam, mandavam ofícios. Depois da instalação dos radares caiu o número de ocorrências”, diz o diretor de Trânsito da Agetran.

Além dos vários atropelamentos ocorridos na Avenida Euler de Azevedo, muitos deles fatais, a falta de um radar causava congestionamento na Rua Cotegipe, que dá acesso ao bairro. É que para entrar na rotatória da avenida os motoristas que vinham da Cotegipe se deparavam com a alta velocidade dos veículos que trafegavam pela Euler de Azevedo.

Antes da instalação dos radares na Euler de Azevedo, são vários os relatos de acidentes fatais na avenida. “Um cliente da farmácia morreu atropelado quando tentava atravessar a avenida para ir até o ponto do ônibus”, disse a farmacêutica Keyla Marinho, proprietária da Farmácia Mais Saúde, na Rua Cotegipe.

Enquanto aguardava o ônibus no ponto, o pastor Luís Carlos Vieira, da Igreja Chama Missionária, falou sobre a via. “Antes do radar dava medo atravessar a pista por causa da alta velocidade. Agora os veículos passam nesse trecho com velocidade baixa”, disse o pastor.

Esperando o ônibus no ponto, o estudante Caio Antônio Proença de Almeida, 15 anos, concorda. “Já vi muitos acidentes de carro e moto perto da rotatória. Acho que caiu em 70% o número de acidentes”, calcula.

Neste mesmo bairro, os moradores pedem à Agetran que instale uma lombada ou quebra-molas no cruzamento da Rua Cotegipe com a Sargento Hércules. O movimento intenso de veículos ali ocorre porque além de a Rua Cotegipe dar acesso a quatro bairros da região, a Rua Sargento Hércules se transformou numa rota de acesso à Universidade Católica Dom Bosco, de acordo com a farmacêutica Keyla.

“Vamos conversar com a nova diretoria da Associação de Moradores, que acaba de assumir, para que seja enviado um ofício à Agetran pedindo providências”, informou Keyla. “Acredito que nesse caso o mais indicado para o local seja um quebra-molas. Mas isso será definido após um estudo no local”, adiantou o diretor de Trânsito da Agetran, Janine Bruno.

Radares são instalados em vias mais perigosas da cidade.
Radares são instalados em vias mais perigosas da cidade.

Melhor opção - Segundo Bruno, outro fator que é levado em conta na hora de instalar os equipamentos para controlar a velocidade é que o motorista está sempre em busca da melhor opção de tráfego numa cidade que possui hoje uma frota de 380 mil veículos.

“O trânsito é dinâmico e o motorista quer buscar uma opção onde possa trafegar com maior rapidez. Só que a rota que ele utiliza que hoje é mais tranqüila, daqui a algum tempo pode ficar congestionada, com maior fluxo de veículos”, avalia. E aí cabe aos engenheiros buscar uma solução. “A frota cresce atualmente a 10% ao ano e isso faz com que estejamos continuamente em busca de melhorias”, diz o diretor-presidente da Agetran, Rudel Trindade Júnior.

Uma das saídas, além dos redutores eletrônicos de velocidade, pode estar também na instalação de um semáforo ou rotatória em determinado ponto. Como exemplo, pode ser citado o semáforo que foi instalado na Rua Antônio Maria Coelho com a Via Park. Além da nova alça que facilita o acesso ao Parque dos Poderes no cruzamento da Avenida Mato Grosso, com a Via Park, a Antonio Maria Coelho também é uma opção de acesso ao Parque dos Poderes. Ocorre que, sem o semáforo, muitos motoristas que desciam a rua não se arriscavam a tentar atravessar a Via Park por conta do tráfego intenso. Agora, com o semáforo, ficou mais segura a travessia.

“Olho Vivo” - Além dos radares e lombadas que estão em operação, a Agetran instalou no segundo semestre, em três pontos da cidade, equipamentos mistos de fiscalização eletrônica: na Avenida Gury Marques, em frente ao novo Terminal Rodoviário; e em dois pontos da Rua Joaquim Murtinho: em frente ao Centro de Convivência Vovó Ziza e em frente à Escola Estadual Hércules Maymone.

Chamado popularmente de “Olho Vivo”, este equipamento é denominado de misto porque permite o controle da velocidade, do avanço de sinal vermelho, parada na faixa de pedestre e conversão proibida. Segundo o diretor do Departamento de Controle de Multas da Agetran, César Miyasato, os equipamentos mistos também estão em fase de instalação no cruzamento da Rua Bahia com a Avenida Mato Grosso, na Avenida Salgado Filho e em frente aos terminais Guaicurus, Morenão e Aero Rancho.

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