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Capital

Além do Centro, caos no trânsito vira rotina nos bairros de Campo Grande

Zana Zaidan | 19/01/2014 07:49

A rua da Divisão, principal via de acesso aos bairros da região Sul, entre eles,o Aero Rancho, um dos mais populosos de Campo Grande, tem sofrido com um problema antes restrito ao Centro da cidade: o congestionamento no trânsito. Nos horários de pico, entre 6 e 8 horas, e na volta do trabalho, entre 17 e 19 horas, a via já não suporta o fluxo de carros.

Estreita, esburacada e com asfalto irregular, a via é um retrato das filas de carros que moradores de áreas periféricas enfrentam nos últimos anos. A chegada de condomínios à região, aliada ao aumento da frota de veículos são responsáveis pelo tumulto.

Na hora do rush, motorista precisa ter cautela e paciência para enfrentar fila de carros (Foto: Marcos  Ermínio)
Na hora do rush, motorista precisa ter cautela e paciência para enfrentar fila de carros (Foto: Marcos Ermínio)

“Antes, não era assim. Hoje, só quando os amarelinhos chegam é que dá uma organizada”, conta o comerciante Alécio Domingues, 57 anos, que há 15 mantém uma loja de calçados e acompanhou de perto as mudanças na via.

Ele conta que todos os dias de manhã, fiscais da Agetran (Agência Municipal de Trânsito) ficam nos semáforos que cruzam com a rua Ezequiel Ferreira Lima para orientar o trânsito. “Muita gente aqui só respeita quando vê o fiscal. Quando eles saem, todos furam o sinal”. No período em que a reportagem esteve no local, confirmou que a prática é mesmo comum.

A inauguração do residencial Village Parati, em 2011, também é apontada como divisor de águas. “Depois que surgiu o condomínio, o movimento por aqui aumentou demais”, opina o empresário Elvis Greff Torres, 35 anos. “Têm dias que eles mal conseguem sair com o carro da garagem”, acrescenta.

Há 15 anos na região, Alécio conta que trânsito só fica organizado com auxílio da Agetran (Foto: Marcos Ermínio)
Há 15 anos na região, Alécio conta que trânsito só fica organizado com auxílio da Agetran (Foto: Marcos Ermínio)
Moradora de um condomínio, Sandra conta que às vezes mal consegue tirar o carro da garagem (Foto: Marcos Ermínio)
Moradora de um condomínio, Sandra conta que às vezes mal consegue tirar o carro da garagem (Foto: Marcos Ermínio)

De uma só vez, o bairro ganhou 2.268 novas casas, cada uma delas, provavelmente com um ou mais carros na garagem.

“De manhã é um transtorno. Não fossem os amarelinhos, seria mesmo difícil de sair. Precisam arrumar uma solução já”, opina uma das moradoras do Village, a corretora Sandra Rosa, 45 anos.

Infraestrutura - A infraestrutura urbana, porém, não acompanhou o ritmo de crescimento da região. Seguindo pela rua da Divisão, no sentido Guaicurus, a rotatória que corta a Rachel de Queiroz é palco constante de acidentes.

Depois da rotatória, a rua da Divisão segue em mão dupla, porém com uma pista só.

“Imagina esse tanto de carro para passar em uma ruazinha estreita como aquela, cheia de buracos para desviar. É acidente direto”, relata Domingues.

Quem usa a via para voltar para casa, afirma que o jeito é ter paciência e, principalmente, redobrar a atenção. “Acho que tem que dirigir com mais cuidado do que quando se está no Centro. Aqui, por ser bairro, as pessoas ainda têm o costume de achar que é terra de ninguém, e a qualquer momento pode sair um movimento inesperado”, alerta a operadora de caixa Juliana Conceição, 21 anos, que há quatro meses passa pelo local para chegar ao Terra Morena, região do Los Angeles.

Além do Centro, caos no trânsito vira rotina nos bairros de Campo Grande
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