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Capital

Apesar de campanhas, desrespeito à faixa de pedestres ainda é rotina

Elverson Cardozo | 21/03/2012 09:29
Até agora, 270 motoristas foram notificados por infrações relacionadas à faixa de pedestre. (Foto: João Garrigó)
Até agora, 270 motoristas foram notificados por infrações relacionadas à faixa de pedestre. (Foto: João Garrigó)

Difícil é encontrar alguém que afirma não saber utilizar a faixa de pedestre. Mas, na prática, basta sair às ruas para flagrar situações de desrespeito. Apesar de campanhas educativas voltadas ao tema, ainda é comum presenciar motoristas “apressadinhos” e pedestres que se acham o “dono da rua”.

Só este ano 270 condutores foram notificados por deixar de dar preferência a pedestre ou veículo não motorizado na faixa de segurança.

Cinco deles deixaram de dar preferência para pedestre ou veículo não motorizado que ainda estava atravessando a via. Em 2011, no total, foram 437 notificações.

A comerciante Laide Dias Ramos, de 48 anos, diz que sabe da lei e de recomendações como “faça a travessia sempre em faixa de segurança”, mas foi flagrada pela reportagem do Campo Grande News, atravessando a avenida Afonso Pena fora da faixa, "driblando" os carros, acompanhada da filha e da neta.

“E o pior é que sou motorista”, afirma. “Mas é pressa”, revela. “Só que eu sempre olho para os lados”, tenta justificar.

Do outro lado também não é difícil encontrar maus exemplos. Basta parar por alguns minutos e observar o fluxo do trânsito, especialmente na região central da cidade. Os “apressadinhos” estão por toda a parte e parecem não se importar com o próximo ou com a própria vida.

O policial militar Luciano Espíndola, de 34 anos, classifica a situação como uma “guerra contra o tempo”. “Eles [os motoristas] não querem parar nem 5 segundos”, afirma.

Ciptran acredita que campanhas educativas colaboraram para diminuição de acidentes. (Foto: João Garrigó)
Ciptran acredita que campanhas educativas colaboraram para diminuição de acidentes. (Foto: João Garrigó)

Em faixas de segurança, segundo o militar, a situação é frequente. “Geralmente o motorista acelera mais o carro para ver se a gente pára para eles passarem”, conta.

Apesar de situações como essas, o comandante da Ciptran (Companhia Independente de Policiamento de Trânsito), coronel Alírio Villasanti, acredita que Campo Grande deu um passo grande a uma nova educação no trânsito.

Na avaliação de Villasanti, implantações de campanhas educativas como a “Pedestre, eu cuido!” colaboraram de forma significativa para uma evolução comportamental, mas é preciso conscientização.

“Acho que as pessoas já sabem o que tem de ser feito hoje. Já passou a fase de orientação”, afirma. “O pedestre também tem que respeitar a sinalização da via”, completou.

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