Após 3 anos de reclamações, universidade doa semáforo para cruzamento perigoso
Motoristas e alunos de instituição denunciam mau funcionamento
Passados 3 anos de reclamações, falta de providências e empurra-empurra de responsabilidades, a universidade Anhanguera-Uniderp comprou um semáforo novo para ser instalado no cruzamento da BR-163 (anel viário) e rua Alexandre Herculano. Isto porque o equipamento tem apresentado constantes problemas de funcionamento.
Segundo informações da assessoria de imprensa da Uniderp, o novo semáforo deve chegar em aproximadamente 15 dias.
Resta saber agora a quem caberá a instalação, pois, de acordo com a universidade, a Agetran (Agência Municipal de Transportes e Trânsito) informou que se trata de uma rodovia federal e, portanto, seria responsabilidade do Dnit (Departamento Nacional de Infra-estrutura e Transportes).
Entretanto, o Campo Grande News conversou com o superintendente do órgão em Campo Grande Marcelo Miranda Soares sobre a instalação. Ele disse que não é procedimento habitual instalar equipamentos do tipo em rodovias federais. “O semáforo não é uma peça colocada pelo Dnit", disse Marcelo, “O Dnit não tem contrato de alguém para poder arrumar”.
Já o técnico da Agetran (Agência Municipal de Transportes e Trânsito) que coordena a área responsável pelos semáforos Mauro Chaves, disse que o órgão municipal não pode fazer a instalação sem que haja um convênio, pois, segundo ele, o trecho é de jurisdição federal.
“Assim que chegar à Uniderp possivelmente será firmado acordo”, acredita Mauro.
Providências - Enquanto o semáforo adquirido pela Uniderp não chega, e enquanto o órgão que cuidará da instalação não é definido, a população continua a sofrer com os problemas do equipamento.
Mãe de acadêmica da instituição, a psicóloga Christini da Costa Rabenhorst relata a dificuldade provocada pelo problema no trânsito. “Os carros de passeio disputam a travessia com carretas (que muitas vezes não conseguem parar devido a sua velocidade) e com os coletivos impacientes de esperarem sua vez”.
Nos horários de entrada e saída dos estudantes da universidade, atravessar, na opinião da psicóloga, é uma verdadeira “prova de sobrevivência”. Entre às 7 horas e 7h30 e depois entre as 11 e 11h30 são os momentos mais críticos, na opinião da leitora.
“O semáforo não funciona há dias e quando funciona, o verde nunca aparece”, conta Christini.
A psicóloga tem medo que mais cedo ou mais tarde uma colisão grave possa ocorrer no cruzamento e cobra a solução “antes que possa acontecer uma tragédia”.