ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, TERÇA  23    CAMPO GRANDE 25º

Capital

Avenida deu mobilidade, mas tirou o sossego dos moradores de bairro

Helton Verão | 29/07/2013 09:11
As marcas do veículo que invadiu a calçada na última semana ainda estão no local (Foto: Marcos Ermínio)
As marcas do veículo que invadiu a calçada na última semana ainda estão no local (Foto: Marcos Ermínio)

Grandes avenidas transformaram Campo Grande e deram maior mobilidade urbana aos moradores. No entanto, nem toda obra com este objetivo agradou todo mundo. Os moradores do bairro Coophavila 2, na saída para Sidrolândia, estão incomodados com a construção das avenidas Lúdio Coelho e Nasri Siufi, que formam a Marginal Lagoa, porque a obra levou barulho, violência e acidentes de trânsito. Viver no entorno passou a ser um risco. 

Moradores da Avenida da Marinha, desde que o bairro Coophavila 2 foi criado, em 1979, eles nunca se sentiram tão incomodado com a poluição sonora e a velocidade dos carros que trafegam na Nasri Siufi. “Aqui sempre foi muito tranquilo, com o surgimento dessa avenida grande, a partir das 23 horas começa o barulho dos carros em alta velocidade e do som dos altos falantes”, conta um dos moradores, de 53 anos.

Os acidentes viraram rotina. Na tarde de quinta-feira (25), uma condutora perdeu o controle do seu veículo atingindo uma lixeira e invadindo a calçada. “Eles precisam colocar alguma coisa para conter a velocidade, a mulher invadiu a minha calçada e deixou a lixeira toda destruída ali. A vizinha da esquina deve estar sofrendo mais ainda pois vários veículos já foram parar dentro da casa dela, já morreu gente ali”, relembra a artesã Ivete Maia, de 54 anos.

De acordo com Ivete, os condutores que desejam entrar na avenida da Marinha ou sair dela para a Nasri Siufi não sabem se ela é mão dupla ou em qual local eles devem trafegar. “Você pode ir ali e olhar as pessoas vem pela avenida (Nasri Siufi) e querem entrar aqui, elas entram na contramão para entrar aqui, precisamos urgente de sinalização”, solicita a artesã.

Joel mora há 34 anos no local e diz que a paz acabou depois da via (Foto: Marcos Ermínio)
Joel mora há 34 anos no local e diz que a paz acabou depois da via (Foto: Marcos Ermínio)

Outro morador, fundador do bairro, Joel de Souza Barros, 65 anos, diz que o sossego do bairro acabou. Segundo o técnico em som, boates e bares da região tem atraído gente “indesejável”. “Nunca tivemos problemas com roubo na vizinhança, nos últimos meses já flagramos várias tentativas, gente que vem atrás dessa bagunça e se aproveita para cometer os crimes”, lamenta o senhor.

Joel confirma os problemas com acidentes decorrentes da alta velocidade dos carros. “Na vizinha da esquina já entrou carro e moto, eles perdem o controle na avenida e acabam invadindo as casas”, descreve Barros.

O secretário municipal de Infraestrutura, Semy Ferraz, adiantou que a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) já tem um estudo para alterações no trecho do Coophavila II. No entanto, a obra ainda depende de licitações para serem iniciadas.

Nos siga no Google Notícias