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Capital

Com mais de 400 mil veículos, Campo Grande já enfrenta caos no trânsito

Ana Paula Carvalho | 03/08/2011 20:50
Congestinamentos na rua 15 de Novembro já se tronaram comuns. (Foto: João garrigó)
Congestinamentos na rua 15 de Novembro já se tronaram comuns. (Foto: João garrigó)
Dono Aparecida diz que mal consegue atravessar a 15 de Novembro. (Foto: João garrigó)
Dono Aparecida diz que mal consegue atravessar a 15 de Novembro. (Foto: João garrigó)

Cláudia Rocha, 36 anos, comerciante, passa pela rua 15 de Novembro no centro de Campo Grande sempre que precisa fazer compras em uma casa de frios próximo ao Mercado Municipal, o problema é que ela tem que exercitar a paciência toda vez que faz esse caminho. “Fica muito congestionado e para chegar à loja eu ainda preciso dar a volta, o que demora mais”, diz.

A rua 15 de Novembro já foi uma das rotas alternativas para quem queria fugir dos congestionamentos nos horários de pico, mas, hoje, trafegar por ela não é mais tão fácil.

Mas não são apenas os condutores que estão tendo dificuldades com o trânsito caótico da Capital. Para atravessar a rua, os pedestres precisam contar com o bom senso dos motoristas.

A costureira Aparecida da Silva, 47 anos, vai ao Mercado Municipal pelo menos duas vezes por semana e, segundo ela, se não fosse à generosidade de alguns condutores, o pedestres não conseguiriam atravessar a rua. “Aqui é um lugar que precisa de um semáforo, porque se não for à generosidade dos motoristas, a gente não atravessa”, reforça.

Das 07h30 às 08h, das 12h às 13h e das 17h30 às 18h15, trafegar por muitos pontos de Campo Grande virou motivo de dor de cabeça, isso por que é cada vez mais comum vermos congestionamentos pela cidade.

Os lugares mais caóticos são a Rua Rui Barbosa da praça dos imigrantes até a avenida Afonso Pena, a rotatória da avenida Interlagos com a Gury Marques e da Rua Joaquim Murtinho com a Ceará. Mas outras vias estão ficando caóticas. É o caso da Avenida Duque de Caxias, da Fernando Correa da Costa e da Eduardo Elias Zahran.

Por volta das 17h40 trafegar pela rotatória da Ceará com a Joaquim Murtinho é praticamente insuportável.

Quem vem da Joaquim Murtinho e quer entrar na Ceará sentido Shopping Campo Grande tem que fazer um verdadeiro malabarismo para conseguir passar pelos carros.

Faixa de pedestres no local não existe.Quem precisa atravessar de um lado da pista para o outro precisa se arriscar entre os veículos.

Dona Maria Conceição, 53 anos, desce do ônibus todos os dias na Joaquim Murtinho e precisa atravessar a rotatória para chegar em casa. Ela já passou por alguns sustos. “Eu quase fui atropelada por três vezes. Fica uma montoeira de carros aqui que nem dá para atravessar”, afirma.

O advogado Anderson Pasqualeto, 38 anos, leva de oito a 10 minutos para conseguir fazer a rotatória e atravessar a Ceará em horário de grande fluxo de carros. Ele passa pelo local quatro vezes por dia. Segundo ele, em horário de pouco movimento o tempo de espera para conseguir fazer a travessia, é quase nada.

Rotatória da Joaquim Murtinho com a Ceará fica congestionada em horários de pico; Pedestre se arrisca tentando atravessar Joaquim Murtinho entre os carros. (Foto: João Garrigó)
Rotatória da Joaquim Murtinho com a Ceará fica congestionada em horários de pico; Pedestre se arrisca tentando atravessar Joaquim Murtinho entre os carros. (Foto: João Garrigó)

Muitos carros - Para o diretor-presidente da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), Rudel Trindade, os congestionamentos são decorrentes do aumento da demanda de veículos em circulação. A frota é de aproximadamente 415 mil, entre motocicletas e carros, sem contar os veículos de outras cidades que circulam pela Capital.

Ainda de acordo com ele, os congestionamentos acontecem principalmente nos horário de pico. “Nós ainda temos o beneficio de que Campo Grande tem um horário de pico curto. Não passa de 45 minutos. Em outras cidades do país isso é muito maior”, diz.

“Nós vamos ter que conviver com os congestionamento porque a cidade está crescendo”, afirma o diretor-presidente da Agetran.

Ainda de acordo com ele, o aumento na frota de veículos e os congestionamentos também dificultam o trabalho dos agentes de trânsito, principalmente em pontos como a rotatória da Interlagos com a Gury Marques, onde é comum acontecerem pequenos acidentes. “Se acontece uma pequena batidinha para tudo, porque até você conseguir chegar lá e atender a ocorrência o trânsito já ficou todo parado”, relata.

Alternativas - Para Rudel Trindade, existem alternativas para tentar diminuir os congestionamentos.Uma delas é a retirada do estacionamento de um lado da via para o trânsito circular melhor. “Na Rui Barbosa tem um lado que tem estacionamento, você pode tirar para o fluxo de veículos fluir, mas ali seria mais difícil porque atrapalharia o comércio”, pondera.

Ainda de acordo com ele, outra opção é proibir a circulação de caminhões em determinados horários. Melhorar a questão semafórica também ajuda.

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