ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MARÇO, QUINTA  28    CAMPO GRANDE 24º

Capital

Defesa faz nova tentativa para libertar motorista que matou passageiro de táxi

Paula Maciulevicius | 26/02/2013 08:49
Diogo Machado Teixeira está preso desde a madrugada do crime, no dia 11 de fevereiro. Ele já teve o pedido de liberdade negado por duas vezes. (Foto: Luciano Muta)
Diogo Machado Teixeira está preso desde a madrugada do crime, no dia 11 de fevereiro. Ele já teve o pedido de liberdade negado por duas vezes. (Foto: Luciano Muta)

A defesa do administrador de fazendas Diogo Machado Teixeira, 36 anos, tenta novamente libertar o motorista que dirigia a caminhonete L200 que bateu no táxi e matou um dos passageiros na madrugada do dia 11 de fevereiro. O advogado entrou com pedido de revogação da prisão de Diogo nesta segunda-feira. Ele permanece na Derf (Delegacia Especializada na Repressão de Roubos e Furtos).

O advogado que atua na causa, Renê Siufi, explicou que está aguardando o resultado da perícia e que entrou com o pedido de liberdade provisória até que tenha os laudos em mãos para ingressar com o pedido de habeas corpus. O pedido de liberdade provisória já foi negado por duas vezes. Diogo está preso desde a madrugada do crime.

Ao encerrar o inquérito na semana passada, o delegado responsável pelo caso pediu a apreensão da caminhonete. Segundo o advogado, no inquérito, a Polícia sustenta que Diogo estava em alta velocidade e que podia matar. Argumento rebatido pelo advogado. “A primeira perícia já constatou que ele não estava, eu quero ver o laudo. A velocidade dele e quanto que o táxi vinha e se o sinal estava aberto ou fechado. Eu não acredito que aquele sinal estivesse fechado como a testemunha disse”, sustentou Renê Siufi.

O MPE (Ministério Público Estadual) já ofereceu a denúncia à Justiça contra Diogo e a defesa está examinando. Diogo foi indiciado por homicídio doloso, duas tentativas de homicídio contra os demais ocupantes do táxi e dirigir embriagado. Já que o teste do bafômetro constatou 0,59 mg/l e ele admitiu ter bebido.

Diogo dirigia uma caminhonete Mitsubishi L200 pela avenida Afonso Pena, quando por volta das 3h da manhã da segunda-feira de Carnaval, atingiu o Siena branco que seguia pela rua Bahia. Com o impacto da batida, o táxi foi arremessado contra o muro da Secretaria Municipal de Saúde. No táxi, o passageiro que estava sentado no banco de trás, José Pedro Alves da Silva Júnior, 22 anos, morreu na hora. O motorista Sebastião Mendes da Rocha, 51 anos, ficou gravemente ferido e ainda está internado na Santa Casa. Já o passageiro da frente, Ramon Rudney Tenório Souza e Silva, 21 anos, foi levado para o hospital, mas já teve alta.

Na delegacia a primeira advogada que atendeu ao flagrante alegou que Diogo não viu o semáforo porque estava conectando o carregador de bateria no celular. Imagens da câmera de segurança da lanchonete da esquina flagraram o momento da batida. O administrador de fazendas nem tentou frear.

Inicialmente a perícia constatou que Diogo vinha entre 60 e 70 quilômetros por hora pela via. Testemunhas afirmaram à Polícia que desde que ele saiu da casa noturna Valley Pub, já dirigia de forma perigosa, avançando semáforos. O motorista que aparece nas imagens fugindo do local do acidente, mas que depois disse à Polícia ter retornado, afirma que o semáforo estava fechado para Diogo.

A caminhonete de Diogo está no pátio do Detran desde o dia do acidente. Ela passou por perícia na madrugada do dia 11 de fevereiro e como nenhum familiar do administrador compareceu ao local da morte de José Pedro, o veículo foi encaminhado para o local.

A defesa afirmou que prestou todo auxílio às vítimas do acidente, arcando com as despesas do translado do corpo de José Pedro e pagando indenização para o proprietário do Siena branco, o táxi que era dirigido por Sebastião Mendes da Rocha, 51 anos, que segue internado na Santa Casa.

Sobre o outro passageiro do veículo, Ramon Rudney Tenório Souza e Silva, 21 anos, o advogado manifestou que a família de Diogo tentou contato para auxiliar com as despesas, mas que não conseguiu falar com a mãe do rapaz.

Nos siga no Google Notícias