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Capital

Depois de morte, moradores exigem sinalização no Estrela do Sul

Viviane Oliveira | 23/02/2014 07:19
Jodilson diz que falta sinalização na via para frear a alta velocidades dos motoristas. (Foto: Marcos Ermínio)
Jodilson diz que falta sinalização na via para frear a alta velocidades dos motoristas. (Foto: Marcos Ermínio)

O que não falta são histórias de acidentes com morte na Avenida Prefeito Heráclito Diniz de Figueiredo, prolongamento da Ernesto Geisel, no Bairro Estrela do Sul, em Campo Grande. No último domingo a assistente social Khédma Karim de Souza, 32 anos, morreu depois de ser atingida por uma caminhonete. Indignados e cansados de tanta tragédia, os moradores da região pedem mais sinalização no local.

Apenas um redutor de velocidade flagra o motorista que ultrapassar o limite da velocidade em todo prolongamento, que começa na Avenida Mascarenhas de Morais e vai até o Bairro Morada Verde. A via de mão dupla é cheia de curvas e até quem costuma usar a ciclovia tem medo de ser atingido por um veículo desgovernado.

Em pouco menos de um ano, as irmãs Elisabete e Cremilda Haberland, 67 e 62, respectivamente, já presenciaram cinco acidentes com morte. As duas aposentadas moram no bairro há 32 anos e relembram que o progresso chegou com a avenida, no entanto, as tragédias no trânsito só têm aumentando. Com escolas nas proximidades, até criança já foi atropelada.

A via tem um fluxo grande de veículos pequenos, caminhões e ônibus do transporte coletivo, pois liga a região Sul com a Norte. Na avenida com a Rua das Balsas, os moradores solicitam que seja colocado quebra-molas, nos dois sentidos. “Se o órgão responsável pelo trânsito não fizer nada vai continuar morrendo gente aqui”, lamenta a artesã Tânia Luiz Ortega, 34.

"Nós vamos protestar, se nada for feito", diz Cremilda. (Foto: Marcos Ermínio)
"Nós vamos protestar, se nada for feito", diz Cremilda. (Foto: Marcos Ermínio)
Marcas do acidente que aconteceu no domingo na via com a Rua das Balsas. (Foto: Marcos Ermínio)
Marcas do acidente que aconteceu no domingo na via com a Rua das Balsas. (Foto: Marcos Ermínio)

O vendedor Jadilson Antunes, 37 anos, conta que não é difícil flagrar veículo a mais de 100 quilômetros por hora na via. “O motorista reduz apenas para passar no redutor, onde tem um semáforo”, reclama. Para ele, o ideal seria a implantação de quebra-molas nos cruzamentos mais perigosos da avenida.

Os moradores mais revoltados com a situação são os que presenciaram o acidente do domingo. Segundo eles, o motorista Ronalto Aparecido Paes, 39, que causou o acidente estava embriagado e em alta velocidade. “É ruim morar em um lugar onde os acidentes são constantes”, afirma Jadilson, morador da Rua Robin Hood.

De acordo com o diretor-presidente da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) Jean Saliba, uma equipe do órgão analisa toda a Avenida Ernesto Geisel para saber quais são os pontos que precisam de sinalização.

No entanto, o diretor ressalta que a população não pode tirar a responsabilidade do motorista, que causou o acidente. “O acidente não foi causado por falta de sinalização e sim pela imprudência do condutor”, finaliza.

Acidente – No acidente que vitimou Khédma, outras quatro pessoas foram encaminhadas ao hospital, apenas uma continua internada. Doriane Leonel Duarte, 33, Gilson Mareco de Souza, 32, e Luiz Eduardo Leonel da Silva, 10, já tiveram alta.

Conforme a assessoria de imprensa da Santa Casa, ainda permanece internado Marcílio da Silva, 36. Ele teve fratura no fêmur esquerdo, trauma da pelve e fratura no ombro.

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