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Capital

Dois motoristas são presos por embriaguez em blitz na Afonso Pena

Nyelder Rodrigues e Mariana Lopes | 12/02/2013 02:31
Blitz começou na Afonso Pena com a rua Espírito Santo (Fotos: João Garrigó)
Blitz começou na Afonso Pena com a rua Espírito Santo (Fotos: João Garrigó)

Fiscalizar e prevenir. Esse é o objetivo da operação realizada pela Polícia Militar (PM) nesta madrugada em Campo Grande, com foco no trânsito, mas sem deixar de lado outras situações.

A operação é uma espécie de “blitz itinerante”, que vai abordar diversos veículos nas vias da Capital até o amanhecer, conforme for identificada a necessidade de cada ponto.

Participam da operação 19 policiais militares, que são acompanhados pelo comandante-geral da PM, coronel Carlos Alberto David dos Santos, e pelo comandante da Ciptran (Companhia Independente de Policiamento de Trânsito), tenente-coronel Alírio Villasanti.

O primeiro ponto a ser fiscalizado pelas equipes foi o cruzamento da avenida Afonso pena com a rua Espírito Santo, próximo a diversos bares muito frequentados. Ali, a tendência é que as equipes permaneçam por volta de 2 horas.

Conforme o tenente-coronel Alírio Villasanti, a expectativa é que 300 veículos sejam abordados, sendo dada prioridade aos que estejam com som alto, com mais de três homens no interior, além de motocicletas e carros que parecem ser conduzidos por menores de idade.

Policiais em motocicletas também fazem rondas pela região para abordar pessoas que levantem suspeitas ou que possam estar fugindo da blitz montada na Afonso Pena com a Espírito Santo. Eles também estão multando quem esteja estacionado irregularmente.

O trabalho ainda conta com policiais do serviço de inteligência da PM, que vai apontar outros locais para que seja feita a operação. Conforme Villasanti, as primeiras duas horas de blitx é o tempo suficiente para as pessoas começarem a perceber a presença dos policiais e o fluxo de veículos começa a diminuir.

Weligton foi preso em flagrante com resultado de 0,67 mg/L (Foto: João Garrigó)
Weligton foi preso em flagrante com resultado de 0,67 mg/L (Foto: João Garrigó)
O resultado do teste de bafômetro de Douglas acusou 0,36 ml/L e ele também foi preso em flagrante (Foto: João Garrigó)
O resultado do teste de bafômetro de Douglas acusou 0,36 ml/L e ele também foi preso em flagrante (Foto: João Garrigó)

Bafômetro – Até o fechamento desta matéria, dois motoristas foram presos por dirigir alcoolizado. Douglas da Silva Ortega, de 20 anos, estava em um Celta preto e foi flagrado no teste de alcoolemia com 0,36 mg/L de ar expelido, quantidade que já caracteriza crime de trânsito.

Em entrevista ao Campo Grande News, o jovem disse nunca ter passado por situação semelhante e que estava com medo de ficar em cela junto a bandidos. Douglas estava sem a CNH, e o carro, que não era dele, com a documentação atrasada.

Ele alegou ter tomado apenas meia latinha de cerveja e foi emfático em dizer que não estava embriagado, mas concordou que a lei tem que ser rígida. “Agora aprendi, não vou mais dirigir depois de beber”, disse. Além da multa, Douglas só será liberado com o pagamento de fiança.

Weligton José dos Santos Pantoja, 52 anos, também foi preso em flagrante após fazer o teste do bafômetro, que acusou 0,67 mg/L. Ele voltava do desfile de blocos que foi realizado na Esplanada Ferroviária quando passou pela blitz. O folião confessou que estava bebendo cerveja e vinha no local antes de pegar a direção do carro. "Estou errado, não tenho o que dizer", assumiu.

Consciênte do estado de embriaguez, a princípio ele se recusou em fazer o teste, e só aceitou após o argumento de um dos policiais. "Se o senhor não soprar o bafômetro, será preso do mesmo jeito, mas caso aceite fazer pode ser que o resultado dê abaixo de 0,34 e daí o senhor será autuado apenas adminitrativamente", pontuou o PM.

De acordo com o tenente Felipe Joseph, da Ciptran, a nova lei ampara os policiais a dar voz de prisão apenas por constatar sinais de embriaguez no motorista.

Os dois foram detidos e encaminhados para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro, e os carros para o Detran.

O resultado de Jorge deu 0,03 ml/L de ar expelido e ele passou de raspão no teste do bafômetro (Fotos: João Garrigó)
O resultado de Jorge deu 0,03 ml/L de ar expelido e ele passou de raspão no teste do bafômetro (Fotos: João Garrigó)

Margem de erro do aparelho - Dois motoristas passaram de raspão pelo teste do bafômetro e saíram da blitz só com o susto. No caso de Jorge Luiz Souza Junior, de 19 anos, o resultado foi de 0,03 ml/L de ar expelido. "Tomei um gole de jurupinga há meia hora", contou. Segundo o tenente Joseph, este valor está dentro da margem de erro do aperelho, que é de 0,04 ml/L, e o condutor não é nem autuado administrativamente.

O mesmo aconteceu com outro motorista, identificado apenas por Flávio. Ele contou que bebeu no domingo apenas, e não imagina que o aparelho iria acusar. "Bebi bastante, mas hoje fiquei só na água", disse.

Motorista consciente - Ronaldo Agostinho dos Santos, de 36 anos, foi abordado e pela primeira vez fez o teste do bafômetro. O resultado foi zero. “Eu estava traquilo, quem não deve não teme”, explicou.

Ronaldo estava sozinho no carro e diz que saiu para ver o movimento na cidade. Ele não se surpreendeu com a blitz, pois já imaginava que ela acontecesse por causa do movimento de Carnaval. “É importante esse tipo de fiscalização, mas tinha que ser feito mais vezes, não só em época de festas”, opinou.

E quem estava nos bares próximos de onde acontecia a blitz, o jeito foi ficar esperto na hora de ir embora. Maressa Benites, de 27 anos, estava com a amiga e contou que foi parada pelos policiais quando chegava ao local. Mesmo jurando de pé junto que não ingeriu nenhum gole de bebida alcoólica, disse que era melhor não passar novamente pela operação.

"Já dirigi bêbada muitas vezes, mas hoje sou mãe, sou mais responsável", confessou a jovem, que saia da casa noturna e ia em direção ao carro estacionado a algumas quadras da Afonso Pena. "Vou embora por outro lado, não tem perigo de passar pela blitz", disse.

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