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Capital

Motorista admite ter bebido conhaque e cerveja e decisão fica para março

Lidiane Kober e Helton Verão | 19/11/2013 15:51

Uma das testemunhas faltou e a Justiça decidiu, nesta terça-feira (19), adiar para 20 de março audiência sobre o destino de Edson Moreira, 40 anos, acusado de dirigir bêbado e causar a morte do policial militar Gilliard Félix da Silva, 31. Ele admitiu ter ingerido conhaque e cerveja até meia-noite e 30 minutos, pouco antes de pegar a estrada e atingir a Saveiro, conduzida pelo policial.

No depoimento, Moreira afirmou retornar de Bandeirantes, sentido Campo Grande e classificou o acidente como uma “fatalidade”. Um dos responsáveis pela ocorrência, o policial rodoviário federal André Gimenez Borges, no entanto, avaliou, pelas marcas da caminhonete Ford Ranger na rodovia, “não ter como” seguir tal trajeto.

Para ele, a possibilidade mais lógica é de que Moreira saiu de estrada vicinal, perdeu o controle do veículo e invadiu a pista contrária, atingindo a Saveiro. Questionado pela defensora pública Luciene Borges Lima se um motorista sem experiência poderia perder o controle da caminhonete, por conta do barro e da chuva, o policial avalizou a hipótese. Ela também questionou a visibilidade na região da rotatória, mas o Borges afastou a possibilidade.

As testemunhas de defesa, Luzinete Alves Rodrigues e José Severino Rodrigues, vizinhas do acusado, disseram que nunca andaram com o Moreira na condução, mas informaram “que pela fama” ele “dirige muito bem”. “Ele dirige caminhão, caminhonete”, destacou Severino. Os dois também informaram que o acusado é “uma pessoa muito caseira” e não lembram vê-lo bebendo com frequência.

Agora, o caso foi adiado para às 17h do dia 20 de março, conforme decidiu a juíza Larissa Castilho da Silva Farias, após anunciada a falta do outro policial, outro responsável por atender a ocorrência. No momento, ele está afastado do cargo por “motivo de saúde”.

O caso - Conforme a Polícia, na madrugada do dia 25 de março deste ano, Moreira dirigia a caminhonete, que colidiu com a Saveiro, conduzida pelo soldado da PM. O policial ficou preso nas ferragens e o teste do bafômetro confirmou a embriaguez ao apontar 1,04 mg/l. Gilliard ficou internado e morreu no dia 4 de abril.

Ele deixou a mãe, a doméstica Maria de Fátima da Silva, 42, a filha Eduarda, de um ano e sete meses, e o afilhado Kaiky, 7, que o considerava como pai. Segundo a irmã, a jornalista Aline Peixoto Lira, 24 anos, ele tinha o sonho de investir na carreira de policial. O jovem também almeja comprar um terreno e construir uma casa “do seu jeito”. “Ele morreu e deixou os sonhos pela metade”, resumiu a mãe.

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