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Capital

Motorista de Gol se apresenta e cabelo é encontrado no pára-choque

Nadyenka Castro | 03/11/2011 19:43

De acordo com a Polícia, o gerente de um restaurante disse que não ficou no local porque foi liberado pela Ciptran; veja o vídeo

Gol do guarda municipal parou a cerca de 50 metros do corpo de Antônio. (Foto: Simão Nogueira)
Gol do guarda municipal parou a cerca de 50 metros do corpo de Antônio. (Foto: Simão Nogueira)

O motorista do segundo veículo envolvido no acidente que matou Antônio Clélio de Souza, de 86 anos, se apresentou na tarde desta quinta-feira à Polícia Civil. Cesar Luis Batistelli, 53 anos, disse que não permaneceu no local do atropelamento porque foi liberado pela Ciptran (Companhia Independente de Polícia de Trânsito).

A informação inicial sobre o acidente ocorrido por volta das 6h50min dessa quarta-feira na avenida Afonso Pena, entre a 13 de Junho e a José Antônio, era de que apenas o Gol duas portas conduzido pelo guarda municipal Bruno Gil de Oliveira, 27 anos, estava envolvido no atropelamento.

No entanto, imagens feitas pela câmera de um prédio mostram Antônio sendo atropelado por dois veículos Gol. O vídeo mostra o idoso caminhando pela calçada no sentido centro/ Parque dos Poderes e atravessar a via.

Quando ele chega na faixa da esquerda, quase no canteiro central, é atropelado pelo Gol dirigido por Bruno. Um segundo depois, o Gol quatro portas também o atinge. Pelas imagens, a impressão é de que este último veículo passa por cima de Antônio, que ainda tentou correr e evitar o atropelamento. Também é possível perceber freadas, que deixaram marcas no asfalto, conforme mostram fotografias.

Cesar se apresentou nesta tarde e não havia nenhuma irregularidade com a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e nem com o carro dele.

De acordo com o delegado Wellington de Oliveira, responsável pelas investigações, o gerente de um restaurante da Capital declarou que saiu do local porque foi liberado pela Ciptran. Também nesta tarde foi feita perícia no Gol do trabalhador, sendo encontrado no pára-choque dianteiro cabelo possivelmente de Antônio.

Para o delegado, a princípio, houve falha na “percepção” do pedestre e principalmente dos dois motoristas, que não teriam prestado a devida atenção ao movimento à frente e até poderiam ter desviado de Antônio.

Conforme Wellington, laudo pericial irá indicar a causa do acidente e também qual veículo que matou o idoso. Bruno e Cesar podem ser indiciados por homicídio culposo (sem intenção de matar).

Os dois motoristas seguiam para o trabalho no momento do acidente. A vítima morava nas proximidades e ia fazer caminhada na Praça Esportiva Belmar Fidalgo, hábito que mantinha há aproximadamente 25 anos, segundo relato de familiares à Polícia.

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