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Capital

Motorista não respeita velocidade e Afonso Pena vira cenário de mortes

Filipe Prado | 26/06/2014 08:52
No entroncamento da Avenida Bandeirantes com a Afonso Pena a Agetran flagrou um condutor a 73 km/h, 13 a mais que o permitido, 60km/h (Foto: Cleber Gellio)
No entroncamento da Avenida Bandeirantes com a Afonso Pena a Agetran flagrou um condutor a 73 km/h, 13 a mais que o permitido, 60km/h (Foto: Cleber Gellio)

A principal avenida de Campo Grande, a Afonso Pena, virou cenário para mortes em acidentes de trânsito em 2014, foram mais de cinco somente este ano. Com máxima de 60 km/h, os motoristas campo-grandenses não respeitam a velocidade e chegam a andar a mais de 80 por hora em trechos da via.

Com um radar estático, usado pela Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) para flagrar condutores em alta velocidade, o chefe da divisão de operações de trânsito, José Arruda, conseguiu mostrar ao Campo Grande News o comportamento do motorista da Capital.

No cruzamento da Avenida Bandeirantes com a Afonso Pena, onde no dia 23 deste mês morreu o caminhoneiro aposentado Mario Gonçalves, 63 anos, foi um dos lugares onde o agente mais flagrou condutores acima da velocidade permitida, 60 km/h.

Conforme informações da polícia, Mario não respeitou o sinalização no entroncamento e acabou atingindo um veículo Polo, que trafegava pela Afonso Pena. No carro, também estavam uma mulher e um menino de 7 anos, que ficaram feridos.

“Todo local que tem um asfalto novo e um pontilhado (sinalização horizontal) traz uma sensação de segurança para os motoristas, mas, por algum motivo, essa sensação faz com que eles andem em alta velocidade”, relatou Arruda.

Com o radar estático, a Agetran conseguiu inibir os motoristas, porém o horário onde não acontecem fiscalizações ainda são os mais críticos. “A partir das 22h e durante a madrugada, são onde acontecem mais acidente, pois há menos movimento e não há fiscalização”, constatou.

Outro acidente com morte na Afonso Pena, em maio, foi o que envolveu um motociclista e um pedestre, o empresário Danilo de Paula Eduardo Cabral, 29. A vítima não gostava de andar de carro e ao sair para comprar um remédio, foi atingido pela moto.

“Em geral, o motorista de Campo Grande anda em velocidade alta”, constatou Arruda (Foto: Cleber Gellio)
“Em geral, o motorista de Campo Grande anda em velocidade alta”, constatou Arruda (Foto: Cleber Gellio)
A maior velocidade registrada na Afonso Pena foi de 82km/h (Foto: Cleber Gellio)
A maior velocidade registrada na Afonso Pena foi de 82km/h (Foto: Cleber Gellio)

Revelando outro ponto onde os condutores abusam da velocidade. Em frente ao Parque das Nações Indígenas o chefe da divisão de operações de trânsito flagrou um veículos trafegando a 82 km/h, em uma pista de 60, 20% a mais do que o permitido.

“Em geral, o motorista de Campo Grande anda em velocidade alta”, constatou Arruda. Ele observou que em locais onde há um trecho mais sem semáforos, lombadas, radares ou redutores de velocidade os condutores tendem a correr mais.

Como no caso de Hebert dos Santos Lima, 38, que estava no banco traseiro da caminhonete, que, ao apostar um racha com um Sonata, acabou atingindo uma árvore. Outro passageiro, Diogo Barbosa Araujo, 29, ficou gravemente ferido e foi encaminhado para a Santa Casa da Capital. O motorista, Tiego Alessandro Guedes, 31 anos, ficou consciente, mas também foi levado para o hospital.

“Desde março nós estamos fazendo várias blitz surpresas, nestes lugares onde mais ocorrem acidentes fatais. Só de estarmos nos locais os condutores já diminuem a velocidade”, relatou Arruda. Ele ainda admitiu que muitos motoristas passam pelas blitzes, mas depois voltam a velocidade acima da permitida.

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