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Capital

Motorista que capotou caminhonete diz que bebeu, mas recusou bafômetro

Nadyenka Castro | 21/02/2011 11:36

Ele, que tem histórico de “brigão”, saiu da delegacia sem ser autuado

Caminhonete dirigida por Raphael capotou após bater em postes. (Foto: Jânio Macedo)
Caminhonete dirigida por Raphael capotou após bater em postes. (Foto: Jânio Macedo)

Após bater em dois postes de energia, derrubar um deles e capotar a caminhonete Dodge Ram 2500, que dirigia, o empresário Raphael Bertozzi, 29 anos, recusou fazer o teste do bafômetro, mas afirmou a policiais da Ciptran (Companhia Independente de Polícia de Trânsito) que havia ingerido bebidas alcoólicas.

Ele foi encaminhado à Depac-Piratininga (Delegacia Especializada de Pronto Atendimento Comunitário), onde foi elaborado o boletim de ocorrência apontado-o como autor dos crimes de lesão corporal culposa (sem intenção) e dirigir veículo embriagado. Ele, que tem passagens pela Polícia desde fevereiro de 2009, não foi autuado em flagrante.

O empresário, que já tem histórico de “brigão”, conduzia a caminhonete pela rua Marines Souza Gomes e em um determinado momento bateu em dois postes, quebrando um deles, e no cruzamento com a rua Alzira Brandão, o veículo capotou.

Na Dodge Ram, além de Rapahel, também estava um amigo dele, de 28 anos, que ficou com lesões leves. O empresário não ficou ferido.

Após o acidente, populares ameaçaram “linchar” Raphael e o amigo, alegando que a caminhonete estava em alta velocidade e poderia ter atropelado crianças e outras pessoas que estavam no local.

Diante da situação, um policial que mora nas proximidades levou os dois envolvidos para a casa dele, para evitar agressões. Medida protetiva permitida por lei.

Depois disso os amigos foram encaminhados à Ciptran, onde Raphael afirmou que havia ingerido bebidas alcoólicas, conforme boletim de ocorrência, mas recusou fazer o teste do bafômetro. Foi feito o termo de constatação de embriaguez.

Na delegacia, a delegada responsável, Fernanda Félix Carvalho Mendes, fez o boletim de ocorrência e não autuou Raphael, que voltou para casa após assinar o documento, que pode ser o início de um inquérito, podendo resultar em ação judicial.

Raphael é proprietário do posto de combustíveis em Campo Grande. Há registros na Polícia contra ele desde 21 de fevereiro de 2009, data em que foi apontado como autor de lesão corporal dolosa (com intenção).

Ele e mais um amigo tiveram um desentendimento comercial com outros dois rapazes no posto de combustíveis. Houve uma briga e eles então foram parar na delegacia. No local, ele xingou e ameaçou de morte o pai de um dos envolvidos na briga.

Menos de cinco meses depois, foi denunciado por ameaça. A vítima, um serralheiro, contou à Polícia Civil que fez serviços para Rapahel e como não recebeu pagamento decidiu protesta-lo em cartório.

Quando soube que poderia ser protestado caso não quitasse a dívida, o empresário foi até a serralheria, ameaçou o trabalhador, o xingou e ficou o tempo todo com a mão na cintura, fazendo menção de estar armado.

Em 11 de setembro do ano passado, ele se envolveu em uma briga na Valley Acoustic Bar. Conforme registro policial, ele e mais quatro amigos agrediram um rapaz.

Em 4 de dezembro do mesmo ano, ele novamente se envolveu em uma briga em um evento de música sertaneja que era realizado na Chácara Cachoeira, ameaçou policial militares e reagiu à prisão. Durante a briga, um amigo dele pegou uma arma que estava na caminhonete e ameaçou várias pessoas na festa.

No dia seguinte ao da festa, o empresário encontrou com um dos “rivais” da briga do dia anterior no bar Valentino e fez novas ameaças a ele, que contou o caso à Polícia Civil.

A última “visita” de Raphael à Polícia, antes do acidente, havia sido em 15 de janeiro deste ano. Ele foi flagrado fazendo “zerinho”, com a caminhonete Dodge Ram, em uma via do município de Bela Vista. Por esta, foi autuado por direção perigosa na condução de veículo.

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