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Capital

Motoristas participam de carreata e pedem a benção do padroeiro, São Cristóvão

Paula Vitorino | 24/07/2011 10:54

Imagem de santo foi levada em carreta, marcando a celebração do Dia do Motorista.
Imagem de santo foi levada em carreta, marcando a celebração do Dia do Motorista.

A fé e o desejo de um trânsito mais seguro levou mais de 100 motoristas, principalmente caminhoneiros, a carreata do Dia do Motorista, neste domingo (24). A festa é em homenagem ao dia do padroeiro dos viajantes, São Cristóvão – 25 de Julho. Os devotos se concentraram na avenida Gury Marques, às 7h, e depois seguiram em carreata até o Posto Caravágio, na BR-163 – saída para São Paulo.

No local, escolhido estrategicamente por ser passagem de muitos motoristas, foi celebrada a Santa Missa, presidida pelo arcebispo de Campo Grande, Dom Dimas Lara Barbosa. Logo após, os veículos seguiram para a benção, na Comunidade São Domingo Sávio – bairro Cidade Jardim. A festa termina com almoço, no salão da Comunidade.

A benção com intercessão de São Cristóvão é tradição para os motoristas que enfrentam diariamente as estradas para trabalhar. O arcebispo conta que, de acordo com a tradição, São Cristóvão ajudou na travessia de um menino durante uma enchente, carregando-o nas costas, e depois viu que aquele jovem era o próprio menino Jesus.

“Daí veio o nome Cristóvão, aquele que carrega Cristo. Na verdade esta história quer mostrar que quando ajudamos a alguém, estamos na verdade ajudando o próprio Cristo”, ensina.

Para os caminhoneiros, a fé na proteção do padroeiro é mais um aliado na segurança das estradas. “Acreditamos na benção e na proteção do padroeiro. É muito importante termos conosco para a segurança no trânsito”, afirma Renê Teixeira, de 38 anos.

Alessandro Ferreira, de 27 anos, admite que principalmente nos momentos de apuro a fé é valiosa. “Quando estamos em apuro lembramos mais ainda de Deus. Mas sempre pedimos a intercessão do padroeiro, de Nossa Senhora também”, conta.

O caminhoneiro Robson Dobrez, de 28 anos, conta que tem o costume de sempre fazer o sinal da cruz e rezar um pai nosso antes das viagens. “Tem que pedir sempre que Nossa Senhora e o padroeiro passem a frente”, diz.

Iniciativa - Esta é a primeira carreata de São Cristóvão na Capital, envolvendo caminhões e veículos de passeio. O padre Jocerlei José Tavares, da Paróquia Santa Rita de Cássia, conta que foi procurado por dois caminhoneiros que pediram que a carreata fosse feita.

“Antes tinha a carreata menor, só para a benção depois na comunidade. Aí resolvemos nos unir a Paróquia Nossa Senhora da Abadia e fazer uma carreata maior, indo pela rodovia também”, explica.

Um dos idealizadores, o caminhoneiro Gilson Ribeiro de Lima, de 35 anos, conta que o evento foi organizado em pouco mais de um mês, mas que há mais de 5 anos, desde que veio morar em Campo Grande, tinha a vontade de fazer a carreata.

“Este ano resolvemos fazer e fomos atrás do padre para ele celebrar a missa e dar a benção. Nós convidamos os caminhoneiros, motoristas e ajudamos a organizar o evento também”, diz.

Para o próximo ano, Gilson espera que a carreata cresça e se torne uma tradição na Capital. “Participava sempre no Paraná da benção e aqui, uma Capital, não tinha. Até em muitas cidades do interior do Estado tem a tradição”, frisa.

União e segurança - Além da religiosidade da festa, os caminhoneiros frisam que o momento também serve para a união da categoria. “É bom estar com os companheiros e este tipo de iniciativa aproxima os caminhoneiros”, diz Alessandro.

Dom Dimas também ressaltou a importância da união da categoria e a conscientização para um trânsito seguro. “Em outras dioceses já fizemos um trabalho de cartilhas com informações para o trânsito seguro e este tipo de evento também é uma forma de conscientizar”, destaca.

Em Campo Grande há menos de um mês, o arcebispo diz que o trânsito da Capital não tem muitas diferenças de outras capitais como Brasília e Rio de Janeiro, onde já esteve, mas ressalta que ainda teve pouco tempo para dirigir pelas vias da nova diocese.

No entanto, ele destaca que a educação para os pedestres é um ponto que precisa ser mais discutido na Capital. “Em Brasília você coloca o pé para atravessar e os carros param, aqui ainda não sei se é possível arriscar”, diz.

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