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Capital

Mototaxistas dizem que estão se adequando às novas regras

Dentre os itens de segurança estabelecidos pela Lei 12.009, estão o uso de aparador de linha, conhecido como antena corta-pipa

Carlos Martins e Luciana Brazil | 02/02/2013 10:00
Mototaxista Luís Augusto mostra a antena que já o livrou de um acidente na semana passada  (Foto: Luciano Muta)
Mototaxista Luís Augusto mostra a antena que já o livrou de um acidente na semana passada (Foto: Luciano Muta)

No primeiro dia em que começou a vigorar a vigorar a Lei que estabelece uma série de regras para os condutores de motofrete e mototáxi, profissionais que trabalham no transporte de passageiros em Campo Grande já estão se adaptando às exigências. Um dos itens de segurança previstos na Lei Federal 12.009 é o uso nas motos do aparador de linha, conhecido também como antena corta-pipa.

A antena pode evitar graves acidentes para o condutor da moto ao se deparar com linhas de cerol utilizadas para empinar pipas. O mototaxista Luís Augusto, 42 anos e há três na profissão, já instalou em sua moto o equipamento e elogiou a medida. “Pode ser um simples objeto, mas tem a função de proteger e pode salvar vidas”, disse o profissional.

Augusto trabalha em um ponto localizado em frente a Igreja Santo Antônio, na Rua XV de Novembro. Ele contou que na semana passada enfrentou uma situação que se não fosse pela antena teria sofrido sérias conseqüências. “Estava conduzindo um passageiro quando a linha se enroscou na antena. Eu poderia ter sofrido uma lesão grave”, disse o mototaxista.

Segundo o profissional, o perigo é maior nos bairros de Campo Grande, onde a pratica de soltar pipas é maior. “Pipas caem em nossa frente. A antena protege também o passageiro, pois se o piloto se machuca e cai a moto, o passageiro também poderá se ferir”, observou. Augusto disse para a reportagem que a maioria dos seus colegas aprovou a lei, pois vem em benefício do próprio profissional. Em outros pontos de mototaxistas na cidade, o Campo Grande News apurou que nem todos os pilotos colocaram o equipamento nas motos.

As novas regras foram estabelecidas pela Lei Federal 12.009, de julho de 2009. A lei, que deveria ter entrado em vigor em dezembro de 2010, foi prorrogada duas vezes a pedido de entidades representativas dos profissionais junto ao Denatran (Departamento Nacional de Trânsito). Conforme resolução do Contran (Conselho Nacional do Trânsito), além do uso do corta pipa, os pilotes devem adaptar suas com motos com outros itens de segurança, tais como protetor de pernas e motor, capacete com dispositivos retrorrefletivos, uso de coletes com faixas refletivas , além de realizar o curso de capacitação para o exercício da profissão.

Motos utilizadas para o transporte de passageiros devem possuir vários itens de segurança (Foto: Luciano Muta)
Motos utilizadas para o transporte de passageiros devem possuir vários itens de segurança (Foto: Luciano Muta)

Motofrete - A moto utilizada para o transporte de cargas (motofrete) também deve ser adaptada. Nos veículos que fazem a entrega de água e gás é obrigatória a instalação de um side-car, equipamento acoplado ao lado do veículo e que custa R$ 2,6 mil, em média. As motos que fizeram o transporte de cargas, devem ter baús sinalizados.

Em Campo Grande, são 490 alvarás e 800 mototaxistas e, segundo a prefeitura, na cidade são quase 3 mil profissionais que atuam em diversas áreas. Caso não tenha se adequado às exigências, o condutor flagrado pela fiscalização em uma blitz poderá ser multado em até R$ 191,54, dependendo da infração. Em alguns casos ele poderá perder a Carteira Nacional de Habilitação e ter a moto apreendida.

Na segunda-feira (4), a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) e Ciptran (Companhia Independente de Policiamento de Trânsito) definem como será feita a fiscalização para o cumprimento da medida. Na reunião, será estabelecido o prazo em que a atuação dos agentes terá apenas caráter educativo e quando começam a aplicação de multas.

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