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Capital

Obras de recapeamento exigem paciência de quem viaja de férias

Helton Verão | 16/07/2013 17:40
Veículos estão sendo obrigados a revezarem a cada 15 minutos para trafegar no trecho com obras (Foto: Marcos Ermínio)
Veículos estão sendo obrigados a revezarem a cada 15 minutos para trafegar no trecho com obras (Foto: Marcos Ermínio)

Em tempos de férias escolares, as estradas ficam mais movimentadas e os motoristas devem ficar atentos às obras de recapeamento nas rodovias federais de Mato Grosso do Sul. Somente na BR-163, dois trechos estão sendo interditados parcialmente para a realização das obras de manutenção e conservação. Os bloqueios exigem paciência e atenção dos condutores. 

O trafego em cada sentido é interrompido a cada 15 minutos para que a outra mão possa ter rotatividade e não atrapalhe tanto a viagem dos motoristas. O revezamento está acontecendo das 7 h às 17h30. “Se for pela melhoria das vias, tudo bem, melhor do que ficar aquele asfalto esburacado”, ressalta o caminhoneiro Alexandre Schneider, de 23 anos.

Ele mora na Capital, mas diz que ontem ele fez um “bate-volta” em Três Lagoas e que só nesta viagem viu pelo menos seis acidentes no caminho. “Em vários dos casos o estado da pista influência muito e pode ser um dos causadores dos acidentes”, responde Schneider.

A BR-163, por exemplo, está parcialmente interditada para obras em dois trechos. O primeiro fica no macro anel rodoviário de Campo Grande, entre as saídas de Três Lagoas e São Paulo. O outro fica num trecho entre curvas, onde ocorreram sete mortes em cima da ponte sobre o Rio Brilhante,

Alexandre não se incomoda por esperar, já que as estradas serão renovadas (Foto: Marcos Ermínio)
Alexandre não se incomoda por esperar, já que as estradas serão renovadas (Foto: Marcos Ermínio)
Empresário que viaja rumo ao interior do Paraná não concorda com as obras durante o dia, mas elogia as vias de MS(Foto: Marcos Ermínio)
Empresário que viaja rumo ao interior do Paraná não concorda com as obras durante o dia, mas elogia as vias de MS(Foto: Marcos Ermínio)

Outro caminhoneiro, o paranaense Rogério Juciane, de 28 anos, segue a mesma linha de Alexandre, que se é pela melhora da rodovia, compensa atrasar um pouco a viagem. “Se é por estradas melhores, vale a pena esperar”, conta Juciane, que saiu da cidade de Nova Mutum (MT) e segue viagem ao interior do Rio Grande do Sul.

Um condutor que não gostou da interdição parcial, foi o empresário de 42 anos, Márcio Leite. Segundo ele, alguns motoristas seguem de viagens muito longas, como é o caso dele e que esta parada irrita os motoristas. “Poderiam fazer isso a noite, saí de Várzea Grande e estou indo para Umuarama, a noite faria até os condutores andar mais de devagar”, recomenda o empresário.

Em contrapartida, Leite elogia as rodovias de Mato Grosso do Sul, dizendo que não se tem comparação ao vizinho Mato Grosso. “Moro ao redor das aldeias praticamente lá, quando chego a Mato Grosso do Sul me sinto no Brasil”, compara.
Questionado aos entrevistados quais pontos mais ruins das rodovias do Estado e todos não titubeiam e apontam para o trecho entre Água Clara e Três Lagoas.

A PRF (Polícia Rodoviária Federal) faz duas breves recomendações para situações de interdições como nestes dois trechos da BR-163. “O primeiro de tudo é a paciência. Evitar usar o acostamento, manter a calma. A segunda que é mais comum são as colisões traseiras, o motorista não se atenta que o veículo da frente reduziu ou parou e acaba batendo. É recomendável manter a distância de 50 metros, ligar pisca alerta, também ver se o veículo de trás está prestando atenção, assim haverá tempo hábil para evitar a batida”, responde o inspetor da PRF, Pércio Baggio.

Sobre o questionamento de um dos entrevistados de fazer as obras a noite, Baggio afirma que seria um ato de insanidade, pois a PRF faz trabalhos recomendando que motoristas viagem durante o dia e que parar o trânsito no período da noite seria um fator que causaria muitos acidentes.

O Campo Grande News entrou em contato com o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte) para ter mais informações das obras, se além do recapeamento existe alguma alteração no violento trecho entre Rio Brilhante e Dourados, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria. O órgão já está a 22 dias de greve.

Entre as reivindicações dos servidores está a reestruturação do órgão para o desenvolvimento profissional dos servidores e a consequente manutenção da qualidade dos serviços prestados à sociedade.

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