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Capital

Placar da Vida marca 'golaço' com 9 dias sem mortes no trânsito

Paula Vitorino | 24/08/2011 11:40

O Placar da Vida conquistou novo recorde de vidas preservadas no trânsito nesta quarta-feira (24), com a marca de 9 dias sem mortes. O Placar contabiliza os dias sem vítimas fatais no trânsito de Campo Grande desde o dia 11 de maio, quando foi inaugurado como parte do projeto mundial “Década de Ação pela Segurança Viária”.

O primeiro número recorde foi registrado no início de julho, quando o Placar conseguiu ficar 7 dias sem mortes. A redução de vítimas coincidiu com a chegada do inverno, quando geralmente são registrados menos acidentes de trânsito.

Nesta manhã, durante passeata com cerca de 10 mil pessoas pela paz no trânsito, o comandante da Ciptran, tenente-coronel Alírio Vilassanti, comemorou a nova marca recorde. “Esse número e motivo de comemoração para todos nós”, frisa.

Ele ainda ressalta que o número é um reflexo da conscientização da população sobre as responsabilidades de cada um no trânsito.

Para o comandante, o Placar ajudou nesse processo já que trouxe transparência dos dados de acidente de trânsito ocorridos na Capital, registrando não só as mortes no local da colisão, mas também as que ocorrem até 30 dias depois.

“O Placar chama a atenção da população. Não aparece número de acidente, mas de vidas perdidas”, frisa.

A expectativa dos membros do Gabinete de Gestão Integrada de Trânsito (GGIT) é de que a marca seja superada e o Placar registre novos recordes. A chefe de Divisão de Educação da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), Ivanise Rotta, ressalta que tudo depende de uma ação conjunta.

“Esse número pode aumentar, mas pra isso a população precisa continuar incomodada com esse número de mortes, com a preocupação de uma pessoa querida pode perder a vida no trânsito. Mas o Governo também precisa continuar investindo e o legislativo e judiciário trabalharem juntos, com punição e investimentos”, diz.

Combinações perigosas - O recorde desta semana também é a combinação de vários fatores, segundo Ivanise. Ela destaca a mudança climática, a divulgação na mídia, fiscalizações e melhorias na estrutura do trânsito.

“A mudança climática influência diretamente no trânsito. No calor, por exemplo, as pessoas bebem mais cerveja na nossa Capital e com o inverno isso diminui. O álcool é o que esta matando a nossa população”, destaca.

Os motociclistas ainda são os principais causadores de acidentes, mas também acabam sendo as principais vítimas. Dentre 10 mortes no mês de agosto, 7 foram de motociclistas, já em julho, foram 13 mortes e 9 de motociclistas.

Ivanise lembra que são importantes ações diárias, que a longo prazo terão resultado. “Não vamos acabar com o problema de uma hora pra outra, mas pequenos atos vamos transformando o trânsito”, diz.

O primeiro trimestre deste ano teve redução de 41% no número de mortes em relação ao ano passado. No entanto houve aumento de 9% no número da frota de veículo da Capital.

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