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Capital

Quebra-molas que já causou até mortes é invisível no asfalto

Zana Zaidan | 07/10/2013 17:57
Placa que indica a lombada também fica "escondida" em meio as árvores (Foto: Marcos Ermínio)
Placa que indica a lombada também fica "escondida" em meio as árvores (Foto: Marcos Ermínio)

Um quebra-molas na rua Luiz Dódero, esquina com a rua Julio Dantas, no bairro São Bento, em Campo Grande, é motivo de preocupação para moradores e comerciantes da região. Além de já ter causado diversos acidentes, está instalado em frente a uma escola particular, onde a passagem de crianças é frequente.

A pintura em amarelo, que sinaliza a existência da lombada, está desgastada, o que impede a visibilidade do obstáculo para os motoristas. Já a sinalização vertical, com placas que indicam o quebra-molas, está encoberta por árvores.

O acidente mais recente no local aconteceu no final do mês passado, por volta das 22 horas, quando Dalton Derzi, 36 anos, morreu depois de perder o equilíbrio da moto Harley Davidson e bater em um veículo Ágile. A suspeita é de que o piloto tenha perdido o controle da moto por não ter diminuído a velocidade na lombada, com a visão ainda mais prejudicada pelo fato de estar a noite.

Ângela Feltin, 29 anos, que trabalha em uma loja de móveis em frente ao quebra-molas afirma que os acidentes são frequentes e, por isso, já protocolou pedido de melhorias na sinalização junto a Agetran (Agência Municipal de Trânsito), mas, até agora não foi atendida. “O tempo todo ouço os carros ‘rampando’ ao passar no quebra-molas. O barulho assusta e eu penso ‘bateu!”. É uma coisa urgente porque, se já tivessem arrumado, poderia ter evitado a morte do rapaz”, acredita a comerciante, referindo-se à morte de Derzi. Ângela conta, ainda, que já tirou fotos e enviou por e-mail ao órgão fiscalizador do trânsito.

A professora Simone Lunardi, que há 12 anos dá aulas na escola Harmonia, que fica em frente ao quebra-molas, reforça a urgência em melhorar a sinalização. “Esse ano já capotou carro, já teve batidas. Os motoristas freiam em cima, não conseguem enxergar. Só quem passa aqui todos os dias e conhece bem passa devagar”, conta.

Para Sônia Maria de Lima, 62 anos, que busca diariamente os netos na escola, o local está esquecido pela Prefeitura, e precisa de uma “reforma urgente no trânsito”. “Aqui é um lugar de passagem de crianças, não dá para aceitar tamanho descaso. A lombada está totalmente apagada e mal dá para ver as placas. O ideal seria colocar uma lombada eletrônica e pintar uma faixa de pedestres, porque é impossível atravessar a rua aqui”, sugere.

Sobre a sinalização do local, a prefeitura informou que a pintura do quebra-molas está na programação de serviços da Agetran, mas não especificou a data do trabalho.

Sem pintura, quebra-molas fica "invisível" para condutores (Foto: Marcos Ermínio)
Sem pintura, quebra-molas fica "invisível" para condutores (Foto: Marcos Ermínio)
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