Sem dinheiro para se manter, Agetran diz que não pode investir em Campo Grande
A presidente da Agência Municipal de Trânsito, Kátia Maria Moraes de Castilho, disse nesta terça-feira (13) que a Agetran não consegue se sustentar sozinha, que não tem dinheiro para investir e que o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal, pensa em mexer no “tesouro” do município.
Segundo Kátia, o órgão recebe hoje cerca de R$ 900 mil por mês, dinheiro que não é suficiente para investir na Capital.
A presidente participou hoje de uma reunião com os vereadores, na Câmara Municipal de Campo Grande. Ela apresentou números e os problemas do trânsito da cidade.
Segundo ela, atualmente 55 agentes de trânsito trabalham em três turnos e andam em dupla para monitorar o trânsito, porque falta sinalização.
“Tem excesso de placas, vamos fazer uma limpeza e colocar sinalização mais adequada, como placas refletivas”, disse.
Kátia também ressaltou que mais de 150 locais precisam receber semáforos, mas que por outro lado, não adianta colocá-los, se a população não respeita o sinal vermelho.
Durante a apresentação, a presidente da Agetran apresentou fotografias da estrutura de Londres, onde já morou e de Minas Gerais, onde nasceu. As fotos causaram revolta no vereador Paulo Siuffi que disse que a população quer ver a realidade de Campo Grande, não de Londes.
“Concordo que a antiga administração deixou de fazer muita coisa, mas o PAC Mobilidade só chegou aqui, graças a gestão passada”, disse Siuffi que afirmou que a teoria apresentada estava muito bonita
Em resposta, Kátia respondeu que “não tem só teoria e tem 25 anos de experiência como gestora”.
Parquímetros: Durante a reunião, a vereadora Grazielle Machado se exaltou ao questionar a presidente da Agetran sobre a lei do parquímetro.
“Eu odeio parquímetro, na rua Pedro Celestino os moradores não tem garagem e precisam pagar para estacionar o veículo em frente da própria casa. Já na Maracaju, não tem casas e não tem parquímetro. Alias, pra onde está indo esse dinheiro?”, questionou a vereadora que justificou a alteração de humor durante a fala, porque acordou amarga.
Grazielle também afirmou que a Lei dos parquímetros não permite que os equipamentos fiquem ligados nos fins de semana e no feriado, mas que aqui em Campo Grande, a tarifa é exigida todos os sábados, até as 12h.
Kária Maria respondeu que a Agetran fatura cerca de R$ 50 mil por mês com os parquímetros e que esse valor é destinado para o programa Educação no Trânsito e que desde o começo do ano, quase não foi gasto. Sobre a cobrança indevida, disse que vai avaliar.
A presidente da Agetran informou que atualmente são 2.400 parquímetros e que esse número pode aumentar em 25%. Ela também afirmou que os equipamentos serão instalados na rua Maracaju.