ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  25    CAMPO GRANDE 27º

Capital

Taxistas cobram fiscalização na Afonso Pena, após morte

Francisco Júnior | 13/02/2013 10:45
Cruzamento onde aconteceu o acidente. (Foto: Simão Nogueira)
Cruzamento onde aconteceu o acidente. (Foto: Simão Nogueira)

Principal via de Campo Grande, a avenida Afonso Pena se tornou um palco de graves acidentes. O mais recente aconteceu na madrugada de segunda-feira (11) no cruzamento com a rua Bahia, no centro da cidade. Um táxi foi atingido por uma caminhonete que furou sinal. Resultado da imprudência: um morto e dois feridos gravemente e o agravamento de um medo que os profissionais que vivem do transporte de passageiros já sentem há tempos.

Para o presidente do Sintaxi (Sindicato dos Taxistas de Campo Grande), Bernardo Quantum, condutores inconsequentes utilizam a avenida como pista de corrida. Ele cobra uma fiscalização de trânsito mais intensiva na avenida, principalmente aos finais de semana. “A Polícia faz seu papel dentro das possibilidades, mas é preciso ações mais enérgicas para que tragédias como a que aconteceu não se repitam mais”, afirma.

De acordo com ele, os taxistas que trabalham no período noturno já estão até acostumados a presenciar motoristas dirigindo com irresponsabilidade. “Isso é normal. Quem trabalha na madrugada vê cada coisa, mas não é só na Afonso Pena”, afirma.

Lourival da Rocha, irmão do motorista ferido, também trabalha como taxista. Ele disse que evita usar a avenida Afonso Pena como trajeto à noite por conta dos motoristas bebem no bares daquela região e saem dirigindo.

“Direto a gente vê motoristas fazendo gracinhas, dirigindo em alta velocidade, fazendo manobras arriscadas”, alerta.
Ele disse que chega a convencer o cliente a mudar de idéia quando a rota tem que passar pela Afonso Pena. “Atendo na região da saída para Cuiabá, Carandá Bosque, quando o passageiro quer passar pela Afonso Pena, sugiro outra rota”, conta.

O irmão dele continua internado em estado grave na Santa Casa de Campo Grande. Ele está em coma induzido e respira com ajuda de aparelhos. Segundo ele, a família contratou um advogado para acompanhar o caso.

José Pedro Alves da Silva Junior, de 22 anos, passageiro do táxi, morreu no local do acidente, o amigo dele Ramon Rudney Tenório Souza e Silva, 21 anos, sobreviveu, mas também está internado em estado grave.

Diogo Machado Teixeira, de 36 anos, motorista da caminhonete que atingiu o táxi continua preso. A defesa dele entrou com pedido de habeas corpus.

Nos siga no Google Notícias