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Cidades

Promotor afirma que empresário que matou a amante deve ficar preso

Marta Ferreira | 19/10/2011 19:17

Defesa pede que José Alberto, 70 anos, fique pelo menos em prisão domiciliar e alega problemas de saúde

José Alberto foi preso logo após o crime, no dia 8 de abril. (Foto: Wendell Reis)
José Alberto foi preso logo após o crime, no dia 8 de abril. (Foto: Wendell Reis)

Para o promotor Fernando Zaupa, que atua junto à 1ª Vara do Tribunal do Júri, o empresário José Alberto dos Santos Rosa, de 70 anos, deve aguardar preso o julgamento pelo assassinato da vendedora Rosana Camargo de Assis, ocorrido no dia 8 de outubro. Ela foi morta com um tiro nas costas por José Alberto, com quem manteve um relacionamento por mais de 8 anos.

A manifestação do promotor foi em parecer relativo ao pedido da defesa do empresário para aguardar em liberdade o andamento do processo. Os advogados de José Alberto, do escritório Renê Siufi, argumentaram que ele tem saúde debilitada e para isso apresentaram documentos médicos. A solicitação é para que ele fique, pelo menos, em prisão domiciliar.

Conforme a petição da defesa, José Alberto é hipertenso, diabético, sofre de depressão e ainda tem problemas ortopédicos.

O promotor, porém, considera que ele deve ficar preso. Segundo ele, a prisão, transformada em preventiva ontem, atende aos requisitos da lei, uma vez que foi em flagrante, logo após o crime.

Zaupa afirma, ainda, que o empresário tem antecedentes. No dia 25 de agosto, ele foi ao trabalho de Rosana e a ameaçou, “na frente de terceiros”. Ela registrou um boletim de ocorrência contra ele e solicitou medida protetiva, ou seja, que ele fosse impedido de chegar perto dela, o que acabou não acontecendo.

Em relação ao argumento da defesa quanto à saúde de José Alberto, o promotor afirmou não haver “razoabilidade” nem “proporcionalidade” na solicitação de liberdade por esse motivo.

“Até a data do crime (ou seja, já apresentando tais problemas de saúde que alega), o acusado chegou não apenas a ameaçar a vítima em seu local de trabalho na frente de terceiros, como chegou ao ponto de tomá-la no carro e, com uma arma de fogo, matá-la enquanto dirigia, o que demonstra que sua saúde não está tão abalada assim a ponto de não permitir que fique segregado, onde, aliás, poderá receber atendimento médico caso precise”, escreveu.

Agora, a decisão sobre conceder ou não a liberdade ao empresário está a cargo do magistrado Alexandre Ito. José Alberto está no Presídio de Trânsito, em Campo Grande, desde o dia do crime.

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