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Cidades

Aliado de Pavão que já havia escapado da cadeia entra em lista de foragidos

Numa nova listagem divulgada por autoridades paraguaias, três novos nomes surgiram dentre os 40 brasileiros foragidos

Anahi Zurutuza | 23/01/2020 13:43
Segurança no presídio de Pedro Juan Caballero está reforçada desde ontem; fuga em massa foi no domingo (19) (Foto: Marcos Maluf)
Segurança no presídio de Pedro Juan Caballero está reforçada desde ontem; fuga em massa foi no domingo (19) (Foto: Marcos Maluf)

Numa nova lista divulgada por autoridades paraguaias com as identificações de 76 fugitivos do presídio de Pedro Juan Caballero, cidade vizinha a Ponta Porã (MS), três novos nomes surgiram dentre os 40 brasileiros foragidos. Outros três que anteriormente haviam sido identificados como nascidos no Brasil foram parar no rol dos paraguaios que escaparam.

Agora é oficial. Segundo o jornal do país vizinho, ABC Color, a lista divulgada nessa quarta-feira (23) corrigiu dados da primeira, excluindo pessoas cujas identidades e fotografias foram espalhadas “por engano”.

Saíram da listagem de brasileiros que fugiram, Flavio Portela, Derliz Marquez Gonzalez e Willian Benjamin Gonzalez Salinas. Eles são paraguaios, segundo a nova lista. Já Francisco Bernardo Giménez e Cristian López, que antes figuravam dentre os paraguaios, foram incluídos (confira a lista completa no fim do texto).

Francisco Gimenez estava na lista de paraguaios, mas informação foi corrigida (Foto: Reprodução)
Francisco Gimenez estava na lista de paraguaios, mas informação foi corrigida (Foto: Reprodução)

Aliado de Pavão – Também é considerado evadido da penitenciária o brasileiro Alan Cristian de Lucena. Antes, quando a conta de fugitivos passou de 75 para 73 e por último para 74, ele não aparecia como foragido. Não foi divulgada foto do foragido.

Alan tem “experiência” em fugas. Em 2016, ele e outros quatro prisioneiros brasileiros fugiram do presídio de Padre Juan de la Veja, na cidade de Emboscada, na região de Assunção, capital do Paraguai.

À época com 25 anos e cumprindo pena por roubo, ele já era identificado como membro do PCC (Primeiro Comando da Capital), facção brasileira que dominou boa parte das cadeias paraguaias. Também era tratado pela polícia do Paraguai como aliado do narcotraficante sul-mato-grossense Jarvis Gimenes Pavão, que naquele ano estava preso no presídio de Tacumbú, de onde teria, segundo a polícia paraguaia, tramado a morte do concorrente Jorge Rafaat, com apoio do PCC.

Extraditado do Paraguai no dia 28 de dezembro de 2017, Pavão foi levado para o presídio federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte.

Lá em 2016, a polícia paraguaia suspeitava que guardas da cadeia tenham facilitado a fuga dos brasileiros. As câmeras de segurança mostraram que a fuga ocorreu por volta de 3h do dia 26 de outubro daquele ano.

De colete à prova de balas, Pavão arruma mala em presídio do Paraguai, em 2017, quando foi transferido para Mossoró (RN). (Foto: Direto das Ruas)
De colete à prova de balas, Pavão arruma mala em presídio do Paraguai, em 2017, quando foi transferido para Mossoró (RN). (Foto: Direto das Ruas)

Horas depois, Alan de Lucena foi recapturado nas proximidades da cidade. Ele disse que acordou, viu a cela aberta e aproveitou para fugir.

Poder da facção - A atuação do PCC na região de fronteira se intensificou após a morte de Rafaat, apontado por vários anos como o chefe do crime organizado em Pedro Juan Caballero.

A polícia paraguaia acusa a facção paulista de ter se aliado a Pavão para eliminar Rafaat. Ele foi morto a tiros de armamento calibre .50, usado em táticas antiaéreas pelas Forças Armadas, no centro de Pedro Juan Caballero, na noite de 15 de junho de 2016.

Arte: Ricardo Gael
Arte: Ricardo Gael
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