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Cidades

De 5 ossadas localizadas em 2 meses, só uma teve DNA extraído

Em apenas dois meses, três ossadas completas e dois crânios foram encontrados e entregues no Imol, em Campo Grande

Maressa Mendonça | 14/10/2019 13:44
Ossadas estão sendo submetidas a exames no Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) de Campo Grande (Foto: Divulgação)
Ossadas estão sendo submetidas a exames no Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) de Campo Grande (Foto: Divulgação)

Das cinco ossadas entregues para identificação no Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) de Mato Grosso do Sul nos últimos dois meses, apenas uma teve o perfil genético extraído. Isto não quer dizer que a identificação concluída porque ainda falta a comparação com o DNA dos parentes. As outras duas ainda estão em fase de extração do perfil genético. As informações são da Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública).

Conforme a Sejusp, deste total de ossadas entregues no Imol em apenas 60 dias, três estão completas e há dois crânios. Estes também estão sob exame.

Em entrevista anterior ao Campo Grande News, o perito-médico legista e coordenador do IMOL em Campo Grande Adalberto Arão Filho, de 42 anos, explicou que os trabalhos de identificação dos corpos leva tempo.

Segundo ele, de maneira resumida, os ossos chegam ao instituto em sacos plásticos, em que muitas vezes também há pedras, terra, fios de cabelo e outros vestígios conforme o local de onde foram retirados. Estes materiais são peneirados pelos peritos que ainda separam osso por osso e montam o esqueleto em uma mesa.

Quando ainda há "tecido mole", como pele, especialmente nas mãos, os peritos retiram esse tecido, hidratam em soro fisiológico e fazem exames de DNA. Quando a ossada está totalmente “esqueletizada”, o processo é mais demorado. O exame de DNA também é feito, mas para isto é preciso que os parentes estejam “procurado” pelo desaparecido e forneçam material genético.

O grande problema, segundo Adalberto Filho, é que “sem amostra dos familiares eu não tenho como comprovar”. Sobre o tempo de trabalho, o médico-legista disse variar muito. “Cada situação é uma situação, mas usamos de diversos recursos para chegar a identidade”, finalizou.

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