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Cidades

Ocupação de UTI's tem leve redução em 15 dias, mas segue em patamar alto

Levantamento feito pela reportagem checou dados de leitos de UTI em todos os hospitais do Estado

Guilherme Correia | 16/04/2021 10:06
Paciente de covid-19 intubado em UTI no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (Foto: Saul Scharmm/Governo estadual)
Paciente de covid-19 intubado em UTI no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (Foto: Saul Scharmm/Governo estadual)

Mesmo com tímida redução na taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) de Mato Grosso do Sul, o cenário ainda está em patamar crítico, conforme levantamento feito com base em dados do governo estadual. A média verificada recentemente ainda é, por exemplo, superior ao que foi verificado em dezembro.

Há quase duas semanas, esse índice não havia apresentado queda considerável, e especialistas apontavam que - por ora - havia apenas estabilização.

Agora, analisando números dos hospitais públicos e privados do Estado, a média dos últimos sete dias é de 88% na ocupação dos leitos intensivos. A efeito de comparação, quando medidas restritivas foram colocadas em prática em Campo Grande, em 22 de março, a média era de 91%. "É efeito dos 15 dias [pós-medidas restritivas]. Agora com tudo aberto vai demorar mais pra cair", comenta o pesquisador da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), Julio Croda.

É importante ressaltar que, conforme diretrizes estaduais, a Capital voltou a receber classificação "cinza" no programa Prosseguir (Programa de Saúde e de Segurança na Economia), que recomenda que o município volte a ter restrições mais efetivas na mobilidade urbana.

Saúde pública - Apesar dessa redução, considerando média de todos os hospitais sul-mato-grossenses, as unidades vinculadas ao SUS (Sistema Único de Saúde) - que atendem muito mais pacientes que a rede particular - chegaram a apresentar queda, mas ainda menor.

O HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul), considerado "referência" no tratamento da covid-19 em Mato Grosso do Sul, chegou a ter mais leitos habilitados (como indica a linha azul abaixo) e, pós-feriadão, houve redução nos casos graves (linha vermelha).

Mesmo assim, especialistas dizem que é necessário mais controle da pandemia para que os casos não voltem a crescer novamente. Além disso, conforme já foi dito várias vezes pelo secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, a liberação de leitos nem sempre significa redução da doença, mas sim que mais pessoas têm morrido.


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