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Cidades

Sob risco de demissão em massa, transporte escolar quer adiantar contrato

Empresários que fazem o transporte escolar rural querem que prefeituras e Estado adiantem 30% do valor do contrato

Lucia Morel | 04/06/2020 16:48
Parados nas garagens, veículos deixaram de transportar três mil crianças somente em Campo Grande. (Foto: Divulgação)
Parados nas garagens, veículos deixaram de transportar três mil crianças somente em Campo Grande. (Foto: Divulgação)

Sob risco de que três mil trabalhadores percam o emprego, empresas de transporte escolar rural de todo Mato Grosso do Sul pedem socorro às prefeituras e ao governo do Estado para manterem o quadro de empregados.

Renato Gomes, dono de uma das 14 empresas que atuam em Campo Grande e representa a categoria, que não é sindicalizada, afirma que caso as aulas não voltem até 1º de Julho, os 206 empregados serão demitidos. Em todo Estado, onde há três mil funcionários, o risco, segundo ele, é o mesmo.

Como forma de evitar perdas diante da pandemia do novo coronavírus e garantir a manutenção dos empregos, o empresário diz que a categoria quer se reunir com o prefeito Marcos Trad (PSD) e solicitar que 30% do valor total de cada um dos 14 contratos vigentes, sejam pagos antecipadamente.

“O contrato é nosso avalista e é um contrato de 11 meses, porque em janeiro a gente não trabalha. A situação está insustentável, já usamos nossas reservas, fomos até onde dava. Agora, prefeitura e governo precisam nos ajudar”, destaca.

Ônibus, micro-ônibus e vans de transporte escolar rural estão parados nas garagens das empresas, segundo Gomes e como o Poder Público é o único usuário dos serviços, enquanto as aulas não voltarem, tais veículos permanecerão parados, assim como os funcionários das empresas, como motoristas, eletricistas, lanterneiros e mecânicos.

O empresário sustenta ainda que no Estado, 45 mil crianças são transportadas para as escolas rurais, quando há aulas, sendo três mil em Campo Grande. Caso não haja uma ajuda de governo e prefeituras, haverá protestos.

Segundo ele, empresários de cidades do interior já preparam manifestações ainda para este mês de junho. “Nosso pedido é que os prefeitos olhem pela gente, senão vamos à falência e se as aulas não voltarem em 1º de julho, não tem mais como segurar esses funcionários”, brada.

Para ele, o isolamento e a ausência de aulas é necessária, “porque esse é um assunto da saúde”, mas o Poder Público, sendo o principal contratante desse serviço, deve então, fazer frente ao auxílio. “As prefeituras e o governo do Estado vão receber ajuda do Governo Federal e podem ajudar a gente também”.

A reportagem entrou em contato com a prefeitura e aguarda retorno.

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